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Trânsito
Indígenas mantêm bloqueio na BR-386 em Iraí
Protesto iniciado na terça-feira, 5, foi retomado nesta quarta-feira, 6, no quilômetro 11 da rodovia
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: quarta, 06 de agosto de 2025 às 11:37h
Atualizado em: quarta, 06 de agosto de 2025 às 13:22h

Indígenas seguem mobilizados na BR-386, em Iraí, nesta quarta-feira, 6, mantendo o bloqueio da rodovia na altura do km 11, próximo ao antigo "patronato". A manifestação teve início ainda na manhã de terça-feira, 5, interrompendo o tráfego nos dois sentidos.
Nesta quarta-feira, 6, o bloqueio foi retomado por volta das 10 horas, com liberação temporária às 10h40min. O fluxo está sendo interrompido por cerca de uma hora, sendo aberto para tráfego por meia hora. Ambulâncias e veículos da saúde não ficam retiros no bloqueio.

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O que dizem as lideranças

A manifestação ocorre para que ocorram melhorias no atendimento à saúde dos povos indígenas. No norte gaúcho, o movimento reúne lideranças do Polo Base Nonoai, representando as Terras Indígenas Rio dos Índios, de Vicente Dutra; Passo do Índio, de Lageado do Bugre; Goj Veso, de Iraí; Votouro, de Benjamin Constant do Su; Rio da Várzea, de Liberato Salzano; Aldeia Pinhalzinho, da Terra Indígenas Nonoai, em Planalto.

É importante destacar que o Polo Base de Nonoai representa mais de 15% da população total do Distrito Sanitário Especial Indígena Interior Sul. Em sua maioria, as lideranças indígenas assumem a postura sociopolítica neste levante como sujeitos de direito. Esta postura dá continuidade às reflexões ocorridas na Terra Indígena Guarita, no mês de julho. Naquela oportunidade, nos foi apresentado o Relatório Situacional da Saúde Indígena na Terra Indígena Guarita, documento já protocolado junto à Secretaria Especial de Saúde Indigena (Sesai), contendo gravíssimos apontamentos sobre a precariedade dos serviços e ações de atenção à saúde dos povos indígenas nesta região”, destacou uma das lideranças participantes.

Entre os pontos críticos apontados pelos indígenas estão estruturas físicas nas unidades de atendimento comprometidas ou inapropriadas ao funcionamento; inexistência ou obsolescência de mobiliários, equipamentos e viaturas; desabastecimento crônico de medicamentos de uso essencial e ausência de insumos básicos para saneamento.

 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai
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