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Rural
Produção de soja no RS cai 27% na safra 2024/2025
Estiagem prolongada reduziu volume colhido em todo o Estado, segundo a Emater
Por: Eduardo Faria
Publicado em: quarta, 21 de maio de 2025 às 11:09h
Atualizado em: quarta, 21 de maio de 2025 às 11:13h

A Emater divulgou os dados finais da safra de soja 2024/2025 no Rio Grande do Sul. A produção total foi de 13,2 milhões de toneladas. O volume representa uma queda de 27,4% em relação à safra anterior, que colheu 18,2 milhões de toneladas.

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A colheita também ficou abaixo da expectativa inicial, que era de 21,6 milhões de toneladas. A principal causa da redução foi a estiagem que atingiu parte das lavouras por mais de 45 dias.

Esta é a quinta pior safra das últimas doze. Fica à frente apenas dos anos de 2014, 2020, 2022 e 2023. Em 2021, o Estado teve a maior produção da série histórica, com mais de 20 milhões de toneladas.

Ranking das últimas 12 safras de soja no RS:

  • 2021: 20.420.501 toneladas
  • 2017: 18.744.186 toneladas
  • 2019: 18.498.119 toneladas
  • 2024: 18.258.064 toneladas
  • 2018: 17.538.725 toneladas
  • 2016: 16.209.892 toneladas
  • 2015: 15.700.264 toneladas
  • 2025: 13.252.277 toneladas
  • 2014: 13.041.720 toneladas
  • 2023: 12.970.362 toneladas
  • 2020: 11.307.760 toneladas
  • 2022: 9.341.148 toneladas

Outros grãos

A produção de milho alcançou 4,8 milhões de toneladas. O número representa alta de 7,5% em relação à safra anterior, que teve 4,5 milhões de toneladas. Mesmo com o crescimento, o resultado ficou 9% abaixo da expectativa inicial. A estiagem e a redução da área plantada influenciaram o desempenho. No arroz, a produção total foi de 8,3 milhões de toneladas. O volume representa aumento de 15,3% em comparação às 7,2 milhões colhidas na safra de 2024.

Impactos na economia

A queda na produção de soja deve afetar o PIB do Rio Grande do Sul. A agropecuária tem peso importante na economia estadual. O desempenho da colheita de verão influencia setores como a indústria e os serviços.

Em 2024, o PIB do Estado cresceu 4,9%, mesmo com as perdas provocadas pelas enchentes. Em 2025, a estiagem deve frear esse ritmo. Analistas apontam que a falta de chuvas costuma causar prejuízos maiores do que o excesso de água.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai