Desde o início da manhã desta quarta-feira, 2, dezenas de pessoas ocuparam a praça central de Ametista do Sul, em uma mobilização que pede a reabertura dos garimpos para retomada do trabalho no município e em outras cidades da região. Há uma semana, os trabalhadores estão parados em virtude de uma operação coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), com participação de outros órgãos, que fechou todos os garimpos que funcionavam com a permissão concedida à Coogamai.
Os principais problemas apontados na ocasião – que teve, inclusive, a prisão de 15 pessoas –, foram irregularidades na fabricação e armazenamento da pólvora negra, utilizada nos garimpos, além de outros problemas relacionados a questões trabalhistas e de operação da cooperativa.
Desde então, lideranças do município estão mobilizadas na tentativa de negociar a retomada das atividades e novos prazos para cumprimento das exigências. Na última sexta-feira, 28 de julho, um grupo, contando com a participação do novo presidente da Coogamai, Ico Zatti, participou de uma reunião na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea/RS) e nesta terça-feira, 1º, o prefeito de Ametista do Sul, Jadir Kovaleski, participou de encontro na Fepam/RS para tratar sobre o tema.
Estima-se que 1.300 garimpeiros tenham sido atingidos com a medida. Os prejuízos, somente para o comércio, considerando que esses trabalhadores não recebam seus salários por um mês, podem ultrapassar R$ 3 milhões.