Para adquirirem os alimentos considerados básicos para a nutrição, os frederiquenses desembolsaram, em média, no mês de novembro, R$ 602,07. Esse foi o valor apresentado pelo levantamento mensal do custo da ração essencial mínima e da cesta básica familiar, realizado pelo Observatório Econômico do curso de Ciências Contábeis da URI/FW.
A ração essencial mínima, ou cesta básica alimentar, é composta por 13 itens que representam a quantia mínima de alimentos considerados como essenciais para a nutrição e sobrevivência do trabalhador adulto. Em comparação com o mês de outubro, o custo desses 13 produtos teve uma redução geral de 2,38% em novembro. No décimo mês do ano, o custo da ração mínima era de R$ 616,72.
Batata foi o item que teve menor redução no período
Dos oito alimentos que tiveram diminuição em seus preços, a batata inglesa branca foi o item que mais registrou queda, alcançando a redução de 21,46%, seguido pelo tomate longa vida (12,16%) e pelo arroz (2,64%). Por outro lado, cinco itens registraram aumento em seus valores e quem liderou a lista foi o óleo de soja, com acréscimo de 7,36%, seguido pelo pão francês (5,11%) e pela margarina (3,36%).
A carne bovina, item que registrou diversas altas durante os últimos meses, apresentou leve redução de 0,44%.
Variação dos 13 itens que compõem a cesta básica alimentar (novembro)
Aumentou | Porcentagem | Diminuiu | Porcentagem |
Óleo de soja | 7,36% | Batata inglesa branca | -21,46% |
Pão francês | 5,11% | Tomate longa vida | -12,16 |
Margarina | 3,36% | Arroz | -2,64 |
Café moído tradic. | 3,22% | Leite integral UHT | -1,56% |
Feijão preto | 0,20% | Açúcar cristal | -0,67% |
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| Carne bovina | -0,44% |
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| Farinha de trigo | -0,43 |
Cesta básica familiar
Composta por 51 itens de gêneros de primeira necessidade, a cesta de produtos básicos da família registrou aumento de 1,13% em FW, passando de R$ 2.254,53 para R$ 2.280,03 no mês de novembro. Os produtos que tiveram o maior aumento no município foram o mamão formosa (23,27%), o presunto magro fatiado (22,14%) e o sabonete (11,01%). Além da batata inglesa branca e do tomate longa vida, o sal moído foi um dos itens que teve maior redução de preço, chegando a 11,14% de queda no valor.
Porto Alegre se mantém entre as capitais mais caras
A capital gaúcha ainda ocupa o ranking das capitais brasileiras com o maior custo da cesta básica alimentar. No último mês, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo da ração essencial mínima em Porto Alegre foi de R$ 685,32, a terceira mais custosa entre as 16 capitais abarcadas na pesquisa do Dieese, ficando atrás apenas de Florianópolis (R$ 710,53) e São Paulo (R$ 692,27%).
Os moradores da capital do Rio Grande do Sul precisam trabalhar 142 horas e sete minutos para conseguirem adquirir os alimentos, que correspondem a 67,35% do salário mínimo brasileiro pago aos trabalhadores (R$ 1,1 mil). Mesmo com o preço elevado, em relação a outubro, existiu uma redução de 0,83%, uma vez que no décimo mês do ano, o valor dos produtos era de R$ 691,08. Desde janeiro de 2021, o preço da ração em Porto Alegre está entre as três mais caras do Brasil.