Inteligência Artificial (IA) para todo mundo
*Os textos e artigos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem a opinião do jornal O Alto Uruguai e seus colaboradores
terça, 22 de outubro de 2024

Ter um “funcionário” trabalhando 24 horas, 7 dias por semana e com uma capacidade de produção muito acima da humana? Essa é a nova realidade com a IA nos negócios. Essa é a maior invenção dos últimos trinta anos, e que está causando impactos profundos na sociedade. Qualquer pessoa conectada a um computador, tablet ou celular e com acesso à internet pode expandir sua capacidade cognitiva nessa nova era de inovação que iniciou há pouco tempo com a IA. 
A IA reúne um conjunto de tecnologias que permitem aos computadores executar uma variedade de funções avançadas, incluindo a capacidade de ver, entender e traduzir idiomas falados e escritos, analisar dados, fazer recomendações e muito mais.  Com o potencial de mudar a forma como as empresas operam, a IA está se tornando rapidamente uma das principais tecnologias disruptivas do século XXI. No entanto, muitas empresas ainda não sabem como aproveitar todo o potencial da IA em seus negócios. E as dúvidas são muitas. Como usar o ChatGPT para tomada de decisões? Como fazer uma boa análise de dados através das ferramentas de IA? Como estruturar a estratégia de marketing e atendimento ao cliente utilizando o potencial da IA? 
A IA estava adormecida até ser startada por uma fakenews que gerou uma crise de imagem momentânea para Donald Trump e o Papa Francisco, que veicularam nas redes sociais com imagens montadas pela IA. Alan Turing inicia a trajetória da IA publicando em 1950 um artigo sobre o tema. Em 1957 foi lançado o “Elisa”, um programa que simulava uma conversa com um terapeuta. Outras ideias foram surgindo até a criação do Google, em 1998. Uma década depois, a Apple lança a “Siri” e, em 2014 a Amazon lança a “Alexa” (que se popularizou no Brasil anos depois). Mas, a revolução ocorreu mesmo em 2022, com a criação do ChatGPT pela OpenIA.
Um estudo de maio de 2023 do Fórum Econômico Mundial revelou que 75% das empresas que participaram do evento já estão buscando aplicar IA em seus negócios. A IA veio para ficar, e é preciso incorporar essa tecnologia nas organizações, como forma de se manter competitivo no mercado. Não se pode mais ignorar a IA e vê-la como uma opção, mas usá-la a favor, adaptando-a às necessidades organizacionais. A situação vigente, repete o ocorrido nos anos 90, com a chegada da internet. Muitas empresas achavam loucura e ignoraram a chegada do digital. Aconteceu que perderam espaço de mercado ou sucumbiram. Nessa época, eu tinha agencia de publicidade em Porto Alegre, e lembro bem como essa mudança impactou na área da criação e também, no envio das artes para os veículos. Imaginem que do dia para noite, o rafe (rascunho) feito pelos criativos - que eram verdadeiras obras de arte, já que eram desenhados à mão -, assim como a montagem dos anúncios até chegar ao fotolito (similar ao filme fotográfico, enviado aos veículos de comunicação para impressão de anúncios) foi substituído pelas artes criadas de forma online. 
Se preparar para usar a IA não significa que as máquinas irão substituir o homem, assim como a falácia de que os jornais impressos iriam morrer, com a chegada da versão digital. Contudo, não se pode virar as costas ao progresso. A preocupação é que sempre quando ocorre uma revolução tecnológica, concomitante surge a exclusão (aqui no caso digital e de conhecimento). Segundo dados da rede televisiva Euronews, 733 milhões de pessoas passaram fome no mundo em 2023, e a pergunta resta: A IA é para todo mundo? 
 

Fonte: