Para quem não acompanhou a última coluna, o conteúdo se referia sobre a possibilidade de o União Frederiquense fechar suas portas e a analogia, que não foi tão analogia assim, era comparar o clube a uma empresa que todo mês trabalha no vermelho e que não vê perspectiva para dar a volta. Vale a pena seguir sendo que todo santo dia o prego segue aumentando?
Futebol é um dos negócios mais inviáveis que existe. Acho que só perde para barraca de cachorro quente em Marte. Basta ver a quantidade de SAF que está surgindo por aí. Se a gente vê Grêmio e Inter, "pedalando", imagine clubes do chamado submundo, como o próprio União Frederiquense. Esse é um ponto do debate, o outro é analisar se queremos a continuidade e, caso sim, que solução a gente poderia ter para colocar o tubo de oxigênio no "nariz" do clube.
Que me perdoem as demais entidades, mas desconheço outra que na história tenha elevado mais o nome de Frederico Westphalen como município do que o União Frederiquense. Quem achar que estou exagerando, saia viajar, diga que é de Frederico (ou da região) e na maioria das conversas o União vai ser citado. Porém, por parte de nossa sociedade, somos apenas um clube de futebol. É uma pena esse pensamento, pois acaba travando a evolução não apenas do clube, mas por vezes do município.
O União Frederiquense mexe de forma considerável com a economia local. Hotéis, restaurantes, bares, postos de combustíveis, farmácias, supermercados, livrarias, imprensa, entre outros ramos que eu possa estar esquecendo. Não é pouca coisa. Mas ainda há quem ache que seja apenas um time que joga meia dúzia de partidas por ano.
Para quem não sabe, nesta segunda-feira o clube fará assembleia para definir a nova diretoria. Sabe quantas chapas estão inscritas? Nenhuma. Não sei o que vai acontecer até lá, mas pela primeira vez na história do clube estaremos indo para uma assembleia com zero nomes para dar seguimento ao processo.
Temos uma imprensa muito forte por aqui. Talvez a primeira ação “extra clube” seja levantarmos JUNTOS um debate sobre a situação, movimentando lideranças em prol do assunto e começarmos, passo a passo, a fazer com que a comunidade regional entenda de forma mais contundente a real importância de nossa agremiação. E para quem não gosta de futebol, não é apenas quanto ao esporte, mas àquilo que o clube agrega no cenário econômico aqui pelas nossas bandas.
Ainda há tempo de encontrarmos JUNTOS uma solução para que o União Frederiquense se mantenha ativo, mas se ficarmos apenas esperando que os outros resolvam, andaremos em círculos, não sairemos do lugar e bateremos o cadeado JUNTOS em nossa maior marca. Infelizmente.