Dizem que nosso primeiro sorriso acontece no útero materno e mesmo que seja o chamado “sorriso reflexo” – aquele sorriso não intencional ou reflexo involuntário em resposta a algo – o certo é que ele ocorre e faz sorrir os pais que o identificam em exames de imagem. Nascemos e em pouco tempo deixamos de lado o sorriso reflexo para realmente nos conectarmos com o mundo e a sorrir por prazer, pois as atividades do cérebro e do sistema nervoso evoluíram e já possibilitam a conectividade com o mundo. A partir daí, começam nossas escolhas entre sorrisos verdadeiros e sorrisos falsos, mas somente o verdadeiro “sorriso de Duchenne” traz benefícios fisiológicos como: reduzir o stress, melhorar a circulação sanguínea e o sistema imunológico, aumentar o volume respiratório e baixar a hipertensão. Mas, como identificar um sorriso verdadeiro? A alma deveria indicar, mas quando não, basta perceber os olhos semicerrados o que os poetas chamam de “sorrir com os olhos”. E é verdade! Não precisamos da boca a nos expressar sorrisos, basta o olhar. Contudo...o sorriso pode ser triste e esconder dores. Pode ser um sorriso falso ou com lágrimas, sem contar os promovidos por ansiedade ou medo. Dar um sorriso é revelar um estado de alma, rir é um manifesto momentâneo do que pensamos naquele momento e gargalhar é rir ruidosamente sem se importar com o ambiente ou pessoas que estão por perto. E se sorrir, rir e gargalhar são coisas distintas, o que importa é que trazem contentamento e nos deixam felizes e está mais que comprovado que o riso alivia o ambiente e até o mais deprimido de todos pode dar uma boa risada enquanto lê uma piada engraçada ou presencia uma cena cômica. O riso também é contagiante, tanto que a tática de usar risadas como som de fundo em programas de humor ou séries se mantêm até hoje, pois pessoas tendem a rir mais de uma piada quando ouvem outras pessoas rindo também. Talvez, seja por isso que ao assistirmos uma comédia no cinema ocorra uma catarse coletiva de risadas do que se estivéssemos assistindo sozinhos em casa. Então, a dica é rir muito, pois se sorrir é algo mais profundo e raro em tempos atuais, que ao menos possamos gargalhar a vida e retribuir risadas. Que nos permitamos rir de besteiras, de piadas e gafes, pois “A vida é muito importante para ser levada a sério” (Oscar Wilde).
Bons Ventos. Namastê!