Não sou muito de redes sociais, mas o pouco que paro por ali e me divirto é quando vejo lances antigos da Seleção Brasileira. Antigos, na verdade, seria covardia, pois ali a gente iria ver lances de Pelé e companhia e ficaria por horas e horas apreciando tudo aquilo.
O antigo nem tão antigo que me refiro é quando falo de Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho. Tudo o que eles faziam parecia ser tão fácil que é provável que muita gente queria ser jogador de futebol por causa daquelas habilidades absurdas. Só que os caras eram de outro planeta. Até hoje não tenho certeza se o tal de ET de Varginha não era pai do Ronaldo, por exemplo.
E antigamente os gramados não era tudo aquilo, convenhamos. Entretanto, ainda assim eles faziam chover. Hoje os gramados, pelo menos em sua grande maioria, beiram a perfeição. Só não joga bola neles quem tem bom empresário, digamos assim. Na Europa têm até gramados com tratamentos especiais que fico pensando se os atletas não ficam com pena de pisar em cima. Me lembrei do Seu Juca, que não deixava a gente jogar bola na grama da praça porque tratava ela como uma filha.
Eu via o Romário no Maracanã das antigas dominando a bola que vinha quadrada, partindo para cima dos adversários e escolhendo a forma que iria fazer o gol. Via o Ronaldo com a bola grudada no seu pé e ela só desgrudava quando ia de encontro à rede. Eu via o Ronaldinho Gaúcho fazendo um punhado de mágicas em todo santo jogo. Quando ele ia mal em uma partida, fazia pelo menos umas cinco.
Vou fazer aqui um balanço recente de como anda a Seleção Brasileira de modo geral. Na última Copa feminina as gurias ficaram na primeira fase. A Seleção masculina, depois de uns 500 anos, está no meio da tabela das Eliminatórias. E mais recentemente, uma semana atrás, conseguimos ficar de fora das Olimpíadas por causa de uma geração bunda-mole mais preocupada em pintar cabelo, usar roupa esquisita e focar em likes.
E não é difícil de entender que tudo isso está acontecendo por pura e simples falta de gestão, de comando de verdade, por diretores que sequer são respeitados por jogador estrelão. Não é uma categoria específica que está nos fazendo passar vergonha, o fiasco é parelho. Quer saber? Eu voto no Dunga para presidente da CBF. Precisa de gente com o perfil do Dunga, o mesmo Dunga que domou Romário em 1994 e o resultado todo mundo sabe.
Nunca vi Romário e nem Ronaldinho Gaúcho pintar o cabelo. Via eles pintar e bordar dentro de campo, isso sim. Ronaldo até fez uma balaca com aquele cabelo do Cascão, mas ele tinha tanto crédito que botou uma Copa do Mundo no bolso. E ele podia. Afinal, ele é de outro planeta. Por isso que tenho sérias dúvidas se o ET de Varginha não era pai dele. Pense comigo: o ET foi visto em Minas Gerais, Ronaldo jogou e hoje manda no Cruzeiro... Sei não, hein?
