O dia mais feliz de Napoleão Bonaparte
**Os textos aqui publicados são de total responsabilidade de seus autores, e não refletem a opinião do jornal O Alto Uruguai
sexta, 01 de dezembro de 2023

Narram os biógrafos do famoso Corso que, certa vez, perguntaram a Napoleão Bonaparte, qual teria sido o dia mais feliz da sua vida. Alguns imaginaram que teria sido a vitória de Austerlitz, em que derrotou o exército de três nações. Talvez a Batalha das Pirâmides. Outros pensavam teria sido o momento em que foi sagrado Imperador. Pois este homem, considerado o maior general da História, aquele que fez tremer a Europa inteira e a colocou debaixo do seu tacão, surpreendentemente falou: “O dia mais feliz da minha vida foi o Dia da minha Primeira Comunhão”. 
Neste dia 19 de novembro, na catedral diocesana, 102 jovens receberam a sua Primeira Comunhão, estando entre os felizardos, meu netinho Ângelo Vincenzo Candatem Zanchet. O Pároco Mons. Leonir Fainello e o Coordenador da catequese Mons. José Dalla Costa comandaram os atos litúrgicos. Os catequistas evangelizadores, “cujos pés a Bíblia denomina bem-aventurados”, sentiam-se realizados por mais uma etapa vencida. Os pais e os neo-comungantes respiravam uma celestial alegria por cumprirem ordem emanada por Cristo, na 5ª Feira Santa que dá garantia no Paraíso, pois “quem come a minha carne terá a vida eterna”. 
O Pároco, na sua homilia, não deixou de advertir os 102 jovens que aí estavam pela primeira vez recebendo as Sagradas Espécies: “Que esta Primeira Comunhão não seja a última...” Lamentavelmente as tristes estatísticas alertam que, embora 60% do povo brasileiro se diga católico, apenas 7% frequentam os Sacramentos. Casos há também que alguns pais de família, mandam para a igreja a mulher e os filhos, mas eles não têm tempo para Deus. Isto cheira a uma desgraçada hipocrisia. 
Igualmente se constata na sociedade, em meio a tradicionais famílias, que os pais, apesar de responsáveis, não conseguem levar os jovens para a Casa de Deus. Vários, que beberam junto com o leite materno a doutrina cristã, ao ingressarem nas Universidades, esquecem todo o ensinamento. O que fazer? Levá-los acorrentados para a Igreja? O próprio Catecismo ensina: Apesar da insistência, não se deve obrigar o filho. Deus mesmo respeita a liberdade, o terrível dom com que Deus agraciou o ser humano. Todavia, não deixem os pais de frequentar os Sacramentos. Um dia, levados pelo exemplo, os filhos despertarão. Contudo, se os pais também se omitirem, o lar inteiro vai para o brejo! Pelo pecado herdado de Adão e Eva, nós todos contraímos o DNA da concupiscência, a tendência que nos empurra para o mal.  E a vigilância constante é a única arma que mantém longe Satanás. 

Voltando a Napoleão, nem ele conseguiu se manter na crista da glória. Na batalha em Waterloo, foi derrotado pelo inglês Wellington, aprisionado e desterrado para a cadeia de Santa Helena. Falam que lá teria morrido envenenado. Ele, quiçá, o mais celebrado General da humanidade. (Logo, nos cinemas, mais um filme sobre esta imortal personalidade). E já que estamos relembrando a História, surge outro vulto de igual magnitude: Júlio César. Invencível na guerra, foi faqueado pelos Senadores. Mas os teria vencido, não fosse perceber entre os traidores, Brutus, o plebeu que ele adotara como filho. Abatido, cobriu o rosto com a toga e deixou-se apunhalar por 23 golpes, exclamando: “Etiam tu, Brutus – Até você, Bruto, meu filho?”...
 

Fonte: