Buscamos desesperados a cidadania de outros países por meio de descendentes que vieram de outras pátrias, por meio de ligações de nossos troncos materno ou paterno ou até por conta de um casamento com alguém deste país em uma ligação afetiva tendo filhos, ou até por outros modos em carreiras profissionais e diplomáticas.
Com isso se gasta um bom tempo e dinheiro para a obter esta cidadania que lhe dá o direito de você poder morar, trabalhar, estudar e até se aposentar em uma outra pátria. Também permite a você usufruir de diversos direitos sociais, tais como o acesso à saúde e educação públicas e à previdência social (apoios e aposentadoria, por exemplo), dentre outros.
Além dos recursos envolvidos para obter estes benefícios e o privilégio de poder usufruir de um passaporte que lhe permite morar por alguns anos ou muito pouco tempo, em outro país, leva-nos a refletir que muitos esquecem de gastar ao menos um pouco de tempo para buscar a cidadania mais importante da vida, onde iremos morar eternamente e quase nada custa, que é o passaporte para a cidadania do céu. Esta cidadania, ao contrário das outras, já recebemos de graça no dia do nosso nascimento, basta seguir pequenas regras, como não cometer deslises, conservar e praticar bons costumes e a língua deste local, para não perder o passaporte, para quando lá chegarmos precisamos uma boa comunicação e não ficarmos perdidos na linguagem, pois este é o país onde acolhe cidadãos do mundo inteiro em diversos idiomas.
Neste país chamado Céu, não vai ter nem uma ajuda dos aplicativos, agências especializadas, vamos ter que nos virar e saber por nós mesmos. Lá, vai ser o retorno de tudo que aqui foi praticado para merecermos esta cidadania de passaporte eterno, para conviver nesta nova pátria, onde não haverá plano de saúde, aposentadoria, trabalho, desemprego, benefícios sociais. Lá os cidadãos vão usufruir dos direitos em ser um cidadão do Céu. Nossa pátria eterna. Até a próxima!

*Texto com a colaboração de Sandra Folle