Dia 26 de agosto começa a propaganda eleitoral no rádio e na televisão aberta e irá até o dia 28 de setembro de 2022. Serão duas inserções, de 25 minutos cada, de segunda à sábado.
Nesta eleição geral, o voto será destinado a cinco cargos: presidente da república, governador, apenas um voto para senador, deputado federal e deputado estadual.
Com o começo do horário eleitoral inicia-se o chamado “tempo da política”, que é o momento em que os eleitores passam a prestar atenção nos candidatos, observar as suas propostas ou até mesmo se divertir com quem apresenta propostas classificadas como surreais. E muitos eleitores só irão prestar atenção, efetivamente, nos últimos quinze dias de campanha, comportamento mais recorrente entre mulheres que deixam para escolher na última hora.
Será uma eleição ímpar e emocionalmente tensa, que apresenta novos fenômenos comportamentais, que estão intrinsecamente ligados.
O primeiro deles diz respeito ao aumento do interesse da população pelo processo eleitoral, que começou na pré-campanha. Este aumento está associado a um segundo fenômeno, que é o acirramento da polarização política, ativando o “eleitor tipo Flamengo”. Esse tipo de comportamento eleitoral permite que se compare as ações do eleitor às de um torcedor de futebol, pelo seu movimento de torcida e de defesa do seu candidato, o que representa o terceiro fenômeno.
Este acirramento motiva o quarto fenômeno, que é o da cristalização do voto. Mais de 75% dos eleitores de Lula e Bolsonaro afirmam que estão decididos e não irão mudar o seu voto de jeito nenhum. A cristalização leva ao quinto fenômeno, que é o da menor taxa de indecisos na questão espontânea, fazendo com que 6 de cada 10 brasileiros respondam espontaneamente o nome de um desses dois candidatos. O quinto fenômeno nos leva ao sexto, o do alinhamento natural, que é quando o eleitor pensa na possibilidade de fazer um “voto casado”, votar em candidatos para governador e senador que estejam alinhados ao seu candidato a presidente de preferência.
A economia é o interesse do eleitor, independentemente do candidato de preferência. A expectativa dos eleitores é de que Bolsonaro e/ou Lula mostrem o melhor caminho da política econômica para resgatar o poder de compra da população, segurar a inflação e gerar empregos.
Nas pesquisas de opinião realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião, os eleitores indicam que a agenda do debate eleitoral deve ser em torno da economia. Claro que temas como saúde, educação e infraestrutura continuam extremamente importantes.
Nas eleições anteriores, o problema do eleitor estava “da porta para fora” e agora o problema está “dentro de casa”. Na eleição de 2018 o problema estava na insegurança e na corrupção, agora está na economia.
O eleitor está mais preocupado com o tema do desenvolvimento econômico do que em saber quem são os demais candidatos. Quando se pensa em cargos como governador, senador ou deputado, 7 de cada 10 eleitores ainda não sabem em quem irão votar.