Quando se questiona ao eleitor sobre a sua tendência, se é de continuidade ou de mudança, sete de cada dez eleitores são categóricos: querem mudança! A palavra mudança não está, necessariamente, associada à “mudança de um gestor em específico”, não quer dizer apenas que o eleitor quer mudar o atual Governador ou Presidente. É muito mais do que isso!
Mudança, para o eleitor, é uma palavra que ecoa em sua alma. É uma palavra que motiva a sua esperança e dialoga com sua crítica ao funcionamento dos serviços públicos. Uma resposta a sua decepção com a política, com o desejo de superação de suas mazelas. Uma tentativa de diminuir a sua indignação.
A mudança que o eleitor deseja está associada a uma revisitação de como as coisas são feitas. O eleitor está dizendo que “gostaria que os velhos problemas tivessem novas soluções” ou melhor, tivessem efetivamente uma solução.
O eleitor não está pedindo que se mude um político, mas que mude a prática política. O eleitor não está pedindo que se troque um partido, mas que se altere os conchavos partidários que beneficiam os próprios políticos. O eleitor não está indicando que mude um nome, mas que se ressignifique a gestão pública.
Há muito tempo, o eleitor pede uma mudança básica: que os gestores públicos façam funcionar o que não funciona, façam andar o que não anda.
Quando o eleitor pensa em um Governador, o eleitor está falando que quer um gestor que priorize a agilidade no atendimento da saúde (seja para exames, consultas especializadas ou realização de cirurgia). Mudança na saúde, significa uma nova forma de fazer “a fila andar” e a capacidade de projetar o futuro, garantindo a ampliação e a atualização de hospitais.
Quando ele diz que quer desenvolvimento econômico, está dizendo que deseja um governo que trabalhe de forma planejada para que haja o crescimento da economia, motivando empreendedores locais e atraindo novas empresas, olhando a vocação de cada região do Estado. O eleitor sabe que para ter mudança na economia, é necessário um governo que potencialize a produção do Estado, diminuindo a carga tributária.
Mudança para o eleitor também é dar atenção para a educação, preparando as crianças para o futuro e os jovens para o mercado de trabalho. É uma mudança que passa desde a reestruturação física das escolas até a inclusão da tecnologia no cotidiano pedagógico, ressignificando a forma como os professores repassam o conhecimento aos alunos. É claro que o eleitor sabe que este tipo de mudança exige investimentos efetivos de um Governo, em estrutura, equipamentos e formação de professores.
Quando se fala em mudança, o eleitor também não esquece de falar sobre seu desejo em relação à manutenção e ampliação das rodovias. Não se trata apenas de tapar os buracos, mas de ter um projeto de duplicação de rodovias, sem estar associado à ampliação de pedágios.
Na prática, o eleitor está dizendo que quer parar de pagar a conta, diminuir o sentimento de extorsão. Deseja um Governador que possa “fazer mais com menos”, assim como cada gaúcho está acostumado a fazer.