Vivemos em um período pré-eleitoral no Brasil, com eleições marcadas para o dia 2 de outubro; onde será escolhido o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Com o uso das redes socais, percebemos que muitos preferem se posicionar e defender este ou aquele candidato. O Facebook, mídia que mais acompanho, é um território propício para perceber a polarização política que o Brasil está vivendo.
Quando alguém compartilha um post, os favoráveis estão curtindo e elogiando; os adversários vêm com críticas e alguns adjetivos, percebemos que são poucas ideias e soluções e muitos atributos, o que empobrece o debate.
Há muito tempo é debatido – principalmente em períodos eleitorais – que nosso país precisa de algumas reformas: agrária, educacional, habitacional, previdenciária, tributária, trabalhista, entre outras menos citadas.
Falta a apresentação de projetos de como serão realizadas a reformas. Já foi comprovado que os meios de transporte, por meio de hidrovias e ferrovias, são os mais viáveis e econômicos, em oposição ao rodoviário com mais custos, desperdícios e outros entraves. Por que foi abandonado os meios mais acessíveis para preferir os mais dispendiosos?
Desde a eleição de Jânio Quadros, em 1960; com seu jingle: “Varre, varre, varre vassourinha!/Varre, varre a bandalheira!”, e com Fernando Collor de Mello, em 1989; que era chamado de “O Caçador de Marajás”, que o eleitor escolhe quem promete acabar com a corrupção, porém, sem um projeto para o país.
A tabela do Imposto de Renda Pessoa Física, além de estar desatualizada desde 1996, acumula uma defasagem de 135%, de acordo com cálculos do Sindifisco Nacional. A última correção – insuficiente – foi realizada em 2015, desde então, não houve qualquer alteração.
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi implantado pela Constituição Federal de 1988; sendo uma das maiores conquista que a Carta trouxe aos brasileiros. Alguns governos investiram mais recursos no sistema e outros menos – o mínimo possível – que poderiam aplicar. Na pandemia do novo coronavírus – que já causou 677 mil mortes –, foi comprovada a importância de um complexo de saúde.
Durante a Assembleia Nacional Constituinte instalada em 1987 foi sugerida uma auditoria da dívida pública – antes chamada de dívida externa e interna – para saber quanto que o país deve e qual sua origem, buscar os contratos. Infelizmente, este artigo não foi incluído na Constituição e ainda hoje pagamos juros sem saber o porquê.
Podemos nos perguntar: como está nosso poder aquisitivo? Os preços dos alimentos, do gás, da gasolina, dos medicamentos; o salário, está acompanhando a evolução dos preços? Qual candidato tem uma proposta para que o brasileiro possa viver com mais dignidade?