Passamos alguns anos de nossa vida debruçados em livros e envoltos em qualificações e capacitações como forma de estarmos ativos e atualizados ao mercado de trabalho que nos interessa. Contudo, o tempo e o dinheiro investidos em educação às vezes não condizem com a realidade de salários e reconhecimento devido, o que no mínimo nos leva a refletir acerca dessa díade injusta. De igual maneira, por vezes os anos de vida são dedicados exclusivamente à família ou ao casamento, como se não pudéssemos fazer andar a vida com várias escolhas ao mesmo tempo. Incrivelmente para muitos, a vida funciona segmentada, em uma lógica pessoal ou tradicionalmente aceita como namorar/casar/ter filhos... ou namorar/casar/viajar/ter estabilidade financeira/se qualificar/ter filhos... ou ainda, namorar/viajar, estudar e trabalhar/ter ou não ter filhos. Essa monótona equação com poucos desvios-padrão no mínimo deve resultar em satisfação, do contrário a frustração é o saldo que teremos. Mimetizar vontades alheias, desejar o que é necessidade para o outro ou seguir modismos nunca levaram ninguém a felicidade. Assim como cumprir vontades de outrem sendo o exemplo típico o de cursar a faculdade que o pai ou a mãe escolheram.
Aff... Como não lembrar do Maslow e sua “Pirâmide Motivacional” nessas horas quando o assunto se refere as necessidades humanas? Embora o conceito tenha sido criado na década de 50, as perspectivas ditadas pelo psicólogo ainda continuam em voga e amplamente propagadas na academia por ser uma ferramenta que auxilia no autoconhecimento e no despertar a respeito do que nos motiva. A pirâmide foi desenhada em cinco níveis:
- Necessidade Fisiológica (sono, fome, abrigo, abrigo).
- Necessidade de Segurança (emprego, saúde, casa, família).
- Necessidade de amor e relacionamentos (amizades, sentimento de pertença a grupos ou sociedade, família, intimidade amorosa e sexual).
- Necessidades de Estima (autoestima, confiança, respeito dos outros).
- Necessidades de Realização Pessoal.
Porém, Maslow identificou outras três necessidades após sua criação como: o aprendizado, a satisfação estética e a transcendência espiritual. Em tempos vigentes, a pirâmide é vista como uma ferramenta para ajudar a refletir sobre o que nos motiva e o que nos falta, já que a maior crítica ao teórico se dá na hierarquização das necessidades onde um indivíduo precisa ter sua vontade saciada para poder migrar para outro nível. Costumamos buscar a perfeição, o 100% de felicidade e o ápice da pirâmide quando muitas vezes a fortuna está em outra forma ou índice, na contramão das tendências, mas na medida dos nossos desejos. Seja feliz, faça as escolhas que lhe agradam e dê de ombros para frequência mundana que sempre procura ranquear até o que necessitamos, num absurdo coletivo que nos homogeneíza na tentativa de obter coerência.
Bons Ventos! Namastê.