A inclusão digital como perspectiva de futuro
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quarta, 08 de junho de 2022

Você já parou para pensar que a transformação digital em curso já alterou a forma como nos relacionamos e está mudando a maneira como consumimos e trabalhamos? 
As pesquisas quantitativas com abordagens qualitativas realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião têm monitorado as inquietações e preocupações dos gaúchos em relação à ampliação da distância entre a formação dos profissionais e as novas exigências do mercado de trabalho.
Muito se fala em indústria 4.0, agricultura 4.0, logística 4.0, varejo 4.0 e até em consumidor 4.0. Mas não falamos em estudante, profissional ou trabalhador 4.0. 
Estamos entrando em um estágio de evolução chamado de 4.0. O mesmo tem como base conceitual a integração de diferentes tecnologias para otimizar a produtividade, produzir menor impacto ao meio ambiente e propiciar mais qualidade de vida à população. A tendência é que a inteligência artificial ocupe cada vez mais espaço, dando vida à internet das Coisas (IoT). 
Em futuro que já se avizinha, antes de chegar em casa vamos clicar para que as luzes sejam acesas, para que a chaleira seja ligada ou que a geladeira informe o que precisa ser colocado no carrinho de compras virtual. Em um centro de distribuição, um sensor inteligente pode monitorar todas as unidades de mercadorias estocadas e rastrear as mesmas no momento em que elas são movimentadas.
A preocupação do jovem que sonha com a sua primeira oportunidade de emprego e do profissional desempregado com mais de 40 anos tem sido a mesma: como se preparar para esse novo mercado de trabalho que está em curso? São poucos os programas de qualificação profissional que oferecem cursos gratuitos em temas de inclusão digital, tecnologia e produtividade.
O paradoxo só tende a aumentar. De um lado muitas oportunidades de vagas especializadas e de outro, uma fila imensa de pessoas desempregadas ou que querem a primeira oportunidade. Essa contradição lógica nos leva para o tema da educação, mas precisa ser uma educação 4.0.
É necessária uma ação disruptiva na reformulação da educação formal e no ensino profissionalizante. É necessário que haja uma transformação digital nas escolas, que permeie a pedagogia, a gestão escolar e o cotidiano do aluno. A escola precisa viver a tecnologia para ensinar e preparar o jovem e requalificar o trabalhador.
    Revisitar o papel da educação e a forma como ela é tratada no país e no RS é vital para enfrentarmos a desigualdade educacional e social que foram acirradas e pensarmos o amanhã com inclusão e transformação digital.
    O tema da educação como pauta prioritária está “pipocando” em vários grupos e movimentando diferentes iniciativas. Recentemente, o SEBRAE mobilizou a maior sala de aula sobre empreendedorismo para estudantes de escolas públicas, denominada www.crieoimpossivel.com.br/. A FIERGS anunciou investimento de R$ 300 milhões para criação de escolas de ensino médio, formação de professores e atividades de contraturno. E um movimento da sociedade civil organizada lançou o https://pactopelaeducacao.org/, que busca transformar o RS, desenvolvendo uma nova educação para uma nova sociedade.
    As sementes começam a ser plantadas para que o conhecimento compartilhado no presente resulte em qualificação para o futuro.

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