Tentar sair jantar no Dia dos Namorados é tão estressante como ver o Inter – também tentar – jogar.
Dia dos Namorados é aquela coisa de sempre: vai comprar chocolate e os melhores já foram todos vendidos, não se pode falhar no presente, não comprar nada é decepcionante, enfim. Mas nada disso é tão desafiador a tentar sair jantar.
Falemos de uma situação normal, sem pandemia. Uns dois dias antes você começa a ligar para os restaurantes (sim, você se atrasou) e a galera te responde que neste dia não faz reserva ou, caso algum estabelecimento faça, que já está com a capacidade lotada. Legal, né?
Mas sempre existe um plano D ou E. Sim, porque o B e até mesmo o C já foram para as cucuias. Na noite, o casal resolve “dar uma banda” e ver se realmente está tudo cheio. O primeiro lugar onde se notar uma vaguinha, bingo!, será lá. Mas realmente está tudo transbordando e o negócio é voltar pra casa.
Voltando para casa se decide por pedir uma pizza. Você olha no relógio e já são quase nove da noite. Sim, é isso mesmo que estamos pensando juntos: lá pela meia-noite, já indo para perto do horário do café da manhã do Dia de Santo Antônio, vocês finalmente irão jantar.
Talvez eu esteja exagerando, mas tenho certeza que fatos assim já aconteceram com muita gente. Paciência, quem mandou ele se atrasar nas reservas? Fosse ela, sem dúvidas com umas três semanas de antecedência tudo estaria organizado. Elas são diferenciadas, não adianta.
Como citei lá no início, sair para jantar no Dia dos Namorados – ou tentar – é tão estressante como ver o Inter – também tentar – jogar. A diferença é que Dia dos Namorados é só uma vez por ano, enquanto que o Inter, isso sim, torturante, são duas vezes por semana.