Nesta semana, completei 52 anos de vida (que barbaridade!) e lembrei de um texto publicado neste espaço há seis anos, pois na época muitos amigos leitores disseram ter se identificado. O tempo passou tão rápido que parece ter havido algum equívoco nas contas! Fiz e fui a poucas festas, passeei pouco, trabalhei muito, estudo bastante, mas menos do que precisaria e talvez para quem tenha esta combinação o tempo parece voar!
Neste mês também completou 36 anos desde que meu nome esteve pela primeira vez no contrato social de uma empresa. Foi cedo e permitiu aprendizado para as outras sociedades e negócios. Também neste mês completou 33 anos desde a primeira vez que assumi uma turma na condição de professor, na época para o ensino fundamental, passando anos depois para a educação profissional e para o ensino superior, onde no último dia 1º de março completei 26 anos de atividades. A docência como titular ou convidado em diferentes instituições em paralelo à consultoria em estratégias de mercado e consultoria para diferentes organizações e em diferentes cidades permitiram conhecer muita gente diferente e a felicidade de manter parte destes contatos, mesmo que esporadicamente.
Sempre que penso neste tempo, lembro da intrigante questão de Liv Ullmann: “Por que o tempo é tão implacável, roubando-nos as oportunidades se não formos suficientemente rápidos para agarrá-las imediatamente?”.
Por mais que sejamos rápidos, sempre fica a sensação de que deixamos de fazer coisas importantes e há tempos a frase de Charles Darvin, quando disse que “o homem que tem coragem de desperdiçar uma hora do seu tempo não descobriu o valor da vida” contribui para incentivar a inquietude, o movimento constante, a mudança frequente e a tentativa de evoluir sempre avaliando o que fazer e o que deixar de fazer. O tempo passa rápido e, por vezes, temos a impressão de que a vida passa por nós. Os filhos cresceram muito mais rápido do que imaginávamos que seria e faz anos que entendi que o tempo com a família e os amigos são ganhos importantes e o tempo gasto com os inimigos é perdido!
Sou daqueles que entende que viemos para a vida para aprender sempre e que em troca é preciso deixar as melhores contribuições possíveis por onde passarmos. Para aprender é preciso viver e conviver, e para ensinar realmente é preciso deixar a vida dos outros melhor. Penso que importa muito menos quantas horas ou quantos anos, ficamos aqui, ou lá, com este ou com aquele, do que o que deixamos por onde e por quem passamos. Deixar melhor aqueles com quem convivemos, independente do tempo, é engrandecedor e representa um valor que quando passado adiante forma uma corrente do bem, que pode iluminar nossa vida e as vidas de quem mais influenciamos.
O tempo deixa muitas marcas em quem passa pela vida, e tenho muitas. Uma delas é o fato de entender que, às vezes, o que está ocorrendo é tão relativo que não faz tanta diferença, pois é a forma como percebemos tudo que importa e realmente conta para cada um de nós.
Muito obrigado a cada um, que lendo, ouvindo, convivendo, ensinando, aprendendo, fazendo, curtindo, compartilhando, contribuindo, amando, odiando, dificultando, desafiando, incentivando, discordando, aceitando, rejeitando... Tempera, dá gosto e mantém esta vida em movimento, fazendo-a cada dia mais enriquecedora!
Um abraço e até a próxima!