É assim que a manchete da notícia inicia. Impactante. Foi ao ar na Revista Ensino Superior desta semana, por meio da narrativa de Jon Marcus, a quem respeitosamente tenho citado. Se um milhão de pessoas deixa de ingressar, o que será o país em termos de desenvolvimento econômico, educativo, cultural e social? Um país que será estagnado e que vai precisar de outros países para pensarem em soluções para sua sobrevivência.
Vou trazer alguns excertos para auxiliar o leitor na reflexão.
“Analistas e pesquisadores traçam um quadro sombrio se os Estados Unidos não reverter a queda de matrícula no ensino superior. Os impactos na vida das pessoas e na economia são assustadores”.
“Pessoas sem educação após o ensino médio ganham significativamente menos do que colegas de classe que obtêm diplomas de bacharel e são mais propensos a viver na pobreza e menos oportunidades de serem empregados”.
“Com a queda de pessoas indo para a faculdade, a sociedade ficará menos saudável. Não deve ser bem sucedida economicamente. Haverá mais dificuldade em encontrar pessoas para preencher os empregos do futuro, e as receitas fiscais ficarão mais baixas, porque não haverá tantas pessoas em empregos bem remunerados. Será mais difícil para a inovação ocorrer”.
“No auge da pandemia de covid-19, as pessoas sem diploma tinham três vezes mais chances de perder seus empregos do que as pessoas com graduadas.”
Na contramão dos EUA, está a realidade da China: “Embora ainda esteja bem atrás dos Estados Unidos na proporção de sua população com diplomas, a China aumentou seis vezes seu número de matrículas em universidades desde 2000, para cerca de 45 milhões, segundo a World Education Services, uma organização sem fins lucrativos que avalia credenciais educacionais internacionais. Acadêmicos chineses já superaram seus colegas americanos no número de trabalhos de pesquisa que publicam, diz a National Science Foundation, embora os EUA ainda se saiam melhor quando medidos pela frequência com que esses trabalhos são citados. As universidades chinesas produzem mais PhDs em ciência, engenharia, tecnologia e matemática, segundo uma análise do Centro de Segurança e Tecnologia Emergente da Universidade de Georgetown; até 2025, diz ele, a China produzirá quase o dobro de graduados com doutorado nessas áreas do que as universidades americanas.
Então, amigo leitor, a questão está posta. Invista sua carreira profissional no Ensino Superior, porque do contrário, outros países a exemplo da China, vão dominar ainda mais a produção de soluções para o consumo nosso. Sem pensar, sem compreender com saber e com saber fazer, não sairemos de nossas mazelas e não alcançaremos o que tanto buscamos para o desenvolvimento de nossas comunidades.
O impacto desse não investimento em ensino superior nos EUA será muito negativo e a demora pela sua revitalização será moroso. E no Brasil? E em nossa região? Estamos cientes dessa situação? Vagas de emprego existirão. Quem vai ocupá-las? Quem vai prospectar? Empreender?
Então, você pai, mãe, liderança de nossa comunidade! Está em nossas mãos conscientizar nossos jovens a buscar pela ciência, a investir no que pode transformar a sua vida e a vida de seu entorno. Conscientize. Apoie e o faça enxergar que o mundo é muito mais que o app de “TikTok” e de rede social, que às vezes vende o mundo cor de rosa, que na maioria das vezes não é o mundo real da vida, do resultado, do pensamento sistêmico e inteligente que precisamos ter para superar as complexidades do cotidiano.