O primeiro, obviamente, seria dos EUA. Mas o segundo é o nosso, aquele dos políticos, compreendendo a Câmara com 513 deputados federais, e o Senado com 81 senadores. Estes importantes senhores consomem por ano a quantia de R$ 10,8 bilhões, quantia superior a todos os Congressos europeus juntos. Muitos brasileiros choram a irrisória quantia do seu salário mínimo, e com razão, se revoltam. Mas nunca reclamaram deste absurdo gasto com os homens que os representam. Lá no Congresso, trabalham 25 mil funcionários, sendo 9 mil no Senado e 16.359 na Câmara. Este exército é superior à população de quatro mil municípios. Já houve senadores que dispunham de mais de 100 serventes. Usando o Google, dei uma espiada no site do Senado.
O salário de um Senador é superior ao do presidente da República. O normal seria que o presidente, dadas suas responsabilidades, fosse a pessoa que mais ganha no país. Mas não é assim, nem no governo do Estado, onde um ascensorista da Assembleia se aposentou com R$ 42 mil. Isto ocorre por meandros legais, que cria penduricalhos de Norte a Sul dentro da Legislação. Mas entremos no Senado.
Além do seu ‘patriótico’ salário, o Senador ainda tem direito a um apartamento especial. Supondo que ele já tenha onde morar, faz então jus a uma verba-moradia no valorzinho de R$ 5.500,00. E quando ele põe o pé no Senador e quando sai, no fim do mandato, recebe um salário extra para cobrir as despesas da mudança...
Com relação à saúde, ele tem TODAS as despesas pagas em qualquer hospital do país. Tal prerrogativa se estende também ao cônjuge e aos filhos até 21 anos. Mesmo quando deixa de ser Senador, este privilégio é vitalício, para toda a vida. Pode também usufruir a cinco viagens aéreas/ano, com todas as despesas pagas, para visitar os eleitores do seu município de origem. No seu gabinete pode acomodar 11 funcionários de sua preferência e mais seis efetivos à disposição.
Foi há pouco aprovado, na egrégia Câmara dos Deputados, uma elevação de salário para R$ 10 mil cada, destinada a 1.311 funcionários como motorista, secretária, policial legislativo, operário e mecânico. A alegação foi que “os serventes, de mesmo nível, do Senado, Tribunal de Contas, Ministério Público no Executivo, recebem padrões mais elevados”... Durma-se com um barulho destes! Alguém sugeriu apenas UM senador por Estado e baixar o número de deputados para 400 ou até 300.
No CP de 15 de maio, lia-se que o teto para se balizar os salários públicos no país é o valor do salário do Ministro do Supremo, que é R$ 39,2 mil. Sendo assim, o presidente Jair Bolsonaro receberá R$ 41,6 mil. Já o ministro da Casa Civil, ainda por força dos penduricalhos, abocanhará R$ 66,4 mil/mês. O Brasil se orgulha de ocupar a ponta no ranking futebolístico. Mas como vice-campeão do mundo, no quesito de despesas públicas, quando o salário mínimo arranha R$ 1 mil, é uma bofetada. Nós não podemos nos queixar. Os políticos, lá estão, porque nós os colocamos.
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Morreu Dona Elsa Cerutti – Deixou-nos Dona Elsa, para subir aos Céus. Esposa do falecido Vitalino, mãe de inúmeros filhos, que orgulham a sociedade, partiu abruptamente. Particularmente, devo especial favor a eles, especialmente ao Adjalmo, a honra de assinar uma coluna no O Alto Uruguai, no jornal fundado por seu pai. Aos filhos, além das condolências, confiem na nova intercessora, lá no paraíso.
