Esta história de viver a melhor idade é uma utopia para esconder a realidade da vida como ela é. É a chamada geração dos passos curtos. É onde os fios ficam mais brancos e raleados, os pelos saem das pernas dos homens e se “instalam” nas pernas e no rosto das mulheres. Na despensa encontramos mais caixas de remédios do que de alimentos. E aí muitos ainda chamam de melhor idade!
Pior que envelhecer é aprender a lidar com o desprezo de amigos e até dos filhos. Por isso, se você já passou dos 60 anos, organize seus passos agora se não quiser sofrer muito quando começar a encurtá-los após os 80 e ter que precisar do apoio dos outros. “Se um dia eu descobrir quem foi o infeliz que inventou essa história de melhor idade, eu dou um soco no meio da cara dele!”.
O mundo não é grato aos velhos e ainda associa o envelhecimento à doença, não permitindo que os idosos façam escolhas que todos deveriam ter o direito de fazer nesta altura da vida, principalmente comer e beber as coisas que mais gostam.
É muito fácil enganar os velhinhos, por isso temos que estar atentos para
evitar que idosos vulneráveis sejam vítimas de pessoas e agentes de mercado mal-intencionados. Porém, não dá para cortar por completo sua autonomia para não os anular do convívio da sociedade e de fazer aquilo que mais gostariam de fazer. Por exemplo: colocá-los em prisão domiciliar, regrando tudo o que devem fazer. Não podem comer picanha gorda, beber cachaça e vinho à vontade, pão com bastante “chimia”... Passamos a cuidar dos velhos como crianças. E quando o velho vai a um médico, mandam comer salada, caminhar e beber água. Olha se isso tem graça?
Pois bem, salvem os velhos, deixem viverem do seu jeito, com seus passos curtos, porque um dia você também vai chegar lá e se não quiser chegar, é só morrer antes, pois o grande erro do ser humano é não se preparar para a velhice enquanto é jovem.
Até a próxima!