Antes mesmo do ano começar, somos bombardeados por inúmeras previsões e análises de cenários sobre o ano vindouro. As emissoras veiculam retrospectivas de fatos marcantes sobre o ano que encerra, ao passo que apresentam o que esperar do ano que se aproxima. Aos adeptos de simpatias, o ano já começa estressante. Uau! Como pular sete ondas no mar, comer uma colher de lentilha, pular com o pé direito, comer 12 uvas à meia-noite, guardar sementes de romã e ainda brindar com espumante? Isso tudo a meia-noite? Ora, a minutagem deveria ser ampliada a tempo de se cumprir com toda essa ritualística. E a cor a ser usada nos trajes do réveillon? Outra correria para comprar a calcinha da cor do ano, que normalmente some das prateleiras, deixando muita gente frustrada. E as previsões? Ressuscitam todo o ano o Nostradamus, somado a celebridades contemporâneas sobre o assunto, e logo temos um compêndio de desgraças sendo reveladas. A astrologia costuma ser mais branda em seus prenúncios, já que também, costuma falar o que vai acontecer de positivo para cada signo. Em suma, existe uma infoxicação, que tem relação com o excesso e consumo desmedido de informações, que comprovadamente afeta nossa saúde emocional e o bem-estar. E aqui nos referimos a maneira como é consumida essas informações; a voracidade com que acreditamos em tudo e a leveza ou falta dela (leia-se bom senso) em assimilar o que realmente nos cabe. Ou seja, consuma com parcimônia. Para quem é informado e acompanha as notícias do planeta, de antemão já é possível traçar alguns cenários que, obviamente, ficam literalmente com um ponto de interrogação sobre a sua continuidade. Vamos lá! Sobre o contexto geopolítico deveras tensionado, será que as guerras em Gaza e na Ucrânia continuarão? Que mudanças mundiais podemos esperar com a troca de cadeiras na Casa Branca? E a instabilidade política que se desvela em parte da Europa, além do Canadá e da Austrália? Doenças há tempos já erradicadas começam a voltar. Quantas mais terão o seu reavivamento em 2025? E a severa crise climática que assola o planeta? Quantas enchentes como a ocorrida em maio aqui no Sul do Brasil terão que acontecer, para que tenhamos uma virada de chave na conscientização de boas práticas a fim de mitigar os estragos? Enquanto isso, outras inquietações rompem nosso ser, sobre se teremos alguma perda próxima e sobre o nosso futuro em si, em todas as suas instâncias. É a nossa roda da vida girando em interseção com a roda global, tecendo nosso cotidiano e registrando nossa passagem por aqui. Nos servindo da numerologia como apoio, estudiosos da área apontam que 2025 simboliza doação e humanitarismo, o fim de ciclos e a busca por novos propósitos. Já a astronomia revela um ano pleno de eventos observáveis como as super luas, as chuvas de meteoros e os eclipses lunares. Por fim, de acordo com algumas religiões de matriz africana, 2025 será regido pelo orixá Iansã do elemento fogo, que indica transformação no estado de consciência das pessoas em busca de novas maneiras de levar a vida. Oxalá essas vidências vinguem, pois vamos precisar como forma de lidar com tantos fatos negativos que acometem o planeta. No mais, que as pessoas sejam mais empáticas com as pequenas coisas mundanas. Que deixem de procurar cabelo em ovo. Que deixem de ser chatas e implicantes. Que parem de se meter na vida alheia. Que acordem para as verdades da vida e deixem de olhar para os seus umbigos. Assim, as chances são imensas de que seremos felizes.
Bons Ventos! Namastê.