Redescobrindo o Natal
*Os textos e artigos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem a opinião do jornal O Alto Uruguai e seus colaboradores
quinta, 19 de dezembro de 2024

Ao celebrarmos o Filho Jesus, útil é que conheçamos os pais. São José era da família real, descendente do rei Davi. Hoje, diríamos que tinha sangue azul nas veias. Nasceu em Belém e ao se casar com a Virgem Maria se transferiu para Nazaré, a terra natal da esposa. Possuía bens e quando o edito do Imperador César Augusto determinou que todos fizessem o recenseamento no  local de nascimento (pois ainda não existia o IBGE...) teve de voltar para Belém, para fazer também a sua Declaração de Renda. O império romano queria saber não só quantos habitantes possuía, mas também o tamanho das propriedades para cobrar posteriormente o relativo imposto.

 

Os pais da Virgem Maria eram Joaquim e Ana, homens abastados, assim como também sua prima Isabel, mãe de João Batista, cuja propriedade em Ain Karim era a mais vistosa. Maria foi entregue ao Templo de Jerusalém com três anos de idade. Na cruz, Jesus a entrega ao Apóstolo João, que a leva consigo para Éfeso, onde morreu com 64 anos, sendo lá enterrada, na presença de todos os Apóstolos. Tomé, como de costume atrasado, rogou a João que o levasse ao túmulo da Vigem. Lá foram e viram a sepultura vazia, mais um fundamento do dogma da Assunção. Cristo não permitiria que o corpo que foi sua morada, fosse pasto dos vermes.

 

O decreto romano do recenseamento caiu como um raio sobre a Sagrada Família de Nazaré. Mas, cumpridores da Lei (um exemplo para o cidadão brasileiro, relapso com a legislação federal, estadual e municipal) deixam sua cidade rumo a Belém, numa viagem de três dias, num percurso de 92 km, no lombo de burros, com Maria em adiantado estado de gravidez. As hospedarias estavam lotadas e José procura abrigo nas grutas, habitação habitual dos pastores. Numa viagem à Terra Santa, o frei nosso guia rezou missa numa destas grutas, para mais de 70 peregrinos.

 

Quando nasceu Jesus? Os pagãos dedicavam o dia 25 de dezembro a uma divindade O Sol Invicto, nativitas solis. A Bíblia não expressa a data exata do nascimento de Jesus. Então, a Igreja cristianizou o 25 de dezembro, pois nada mais justo do que atribuir a Jesus a festa do Rei Sol Invencível, como Ele próprio se proclamou “Luz do Mundo, que anda nas trevas quem não está com Ele”. Em que ano nasceu? No ano zero, pois a partir deste acontecimento divino, a humanidade inteira, cristã ou pagã, sábia ou ignorante, atéia ou santa, começa a contar a idade do mundo civilizado. Qualquer pessoa, ao escrever hoje o ano de 2.024, estará, pode ser até contra sua vontade, homenageando o Natal de Jesus Cristo, ocorrido a 2.024 anos atrás!!!

 

Como narra Santa Catarina Hemmerich, na imortal Gruta de Belém, uma Virgem dá à luz um Menino. Os pastores se apressam a visitar a Família, levando frutas, aves e víveres. Maria coloca o Infante no colo de cada pastor. Pedagogicamente, mais tarde Cristo usa a linguagem rural, denominando-se PASTOR e chamando a nós de suas ovelhas. A seguir aparecem os Reis Magos Gaspar, Melquior e Baltasar trazendo presentes apropriados para uma Realeza recém nascida. Era uma caravana de mais de 200 pessoas, que efetuaram uma jornada de 25 dias. Saídos do Oriente simbolizavam os povos do universo, vindo homenagear seu Rei. Santo Irineu cravou: “Cristo se fez o que nós somos (homem), para que nós fôssemos o que Ele é (Deus)”.

Fonte: