Chega dezembro e vira aquela mistura de sentimentos. Não sei se acontece com você, mas comigo todo dezembro é assim. Projetos que deram certo, outros que ficaram no meio termo, outros que não saíram do papel... A parte boa é que os sonhos da gente seguem se movimentando.
Dezembro é um mês de reflexão, de planejamento, de acerto dos ponteiros. Nesse mês, ao mesmo tempo em que a gente fica vulnerável para algumas coisas, também se fortalece para outras. E tudo isso, colocado no liquidificador da vida, dá uma “vitamina” que na grande maioria das vezes vem para agregar e para nos “nutrir” para o futuro que está logo ali.
Dezembro também tem sua parte melancólica. Aquela sensação de estarmos perto do fim, na ânsia pelo novo, por novos sonhos, novos projetos, novas metas. Acho até que é isso que deveria ficar gravado em nossas mentes, que ao invés de pensar em final, que se pense em recomeços. A vida é assim, todos os dias a gente acorda na esperança de oportunidades e de bons fluídos, nunca esquecendo que a gratidão deve estar estampada de forma bem grande em nossas testas.
Dezembro é o mês que o Papai Noel aparece. E sua imagem liga exatamente ao que estamos comentando. O Papai Noel é aquele cara que sempre exala a energia do bem. Ele nunca está triste. Mas não conte isso para as crianças, é bom que elas entendam que “o Papai Noel fica triste quando elas não obedecem aos pais ou a profe”. Deixemos isso como nosso segredinho, isso vai ser muito bom para moldar o caráter deles. Nossa mentirinha do bem, digamos assim.
Ainda quanto à parte melancólica de dezembro, esse é o mês que encerra a temporada do futebol brasileiro. Claro que janeiro está logo ali e tudo recomeça (recomeços, lembra?), mas é evidente que fica uma lacuna, um vazio na gente. Vai dar uma baixada na corneta que sempre acontece por aqui e em contraponto ao calorzão do verão, vai esfriar a coisa pelo menos nessa parte.
Sim, temos o futebol europeu, vamos conseguir acompanhar bons jogos, alguns clássicos importantes do lado de lá do oceano, mas não é a mesma coisa. Por incrível que pareça a lacuna citada acaba ofuscando a própria falta de qualidade do futebol do lado de cá em comparação ao futebol do Velho Mundo. Inclusive são essas horas que bate a culpa por ficarmos criticando exatamente essa falta de qualidade que, por cerca de 30 dias, deixa saudade.
Enfim, que a mistura da melancolia do fim da atual temporada junto à expectativa da próxima possa dar um bom produto para a gente consumir. Logo, logo janeiro aparece para que a gente dê andamento aos nossos sonhos, aos nossos projetos e ao que esperamos de nossos times, também. Nossos recomeços de modo geral. E é sempre bom não esquecermos de Deus, de nossas orações, de falar com Ele todos os dias. Todos os dias mesmo, pois não somos nada sem Ele.