Os hemocentros do Rio Grande do Sul e diversos hospitais, especialmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, estão com níveis críticos de sangue cenário preocupante agravado pelo inverno e que coincide com a campanha do junho vermelho, mês dedicado à conscientização sobre a doação. O Hemocentro do Estado, que abastece cerca de 40 instituições, alerta que o número de doadores caiu para cerca de 70 pessoas por dia, bem abaixo da meta de 100 a 120 necessárias para garantir estoques mínimos. No Hospital de Clínicas, Santa Casa e outros centros da capital, os tipos sanguíneos O+ e O? estão em situação crítica ou nível de alerta, o que já chegou a comprometer o atendimento de cirurgias e emergências.
A queda nas doações é atribuída ao frio, chuva e aumento de gripes, que inibem a ida dos voluntários aos pontos de coleta. A título de alerta, a enfermeira Ana Dagord, responsável pelo setor de captação do Hemorgs, ressaltou que, sem chamamento, o número diário pode reduzir para apenas 30 doadores.
Em resposta, hemocentros regionais espalhados pelo interior, como Pelotas, Caxias do Sul, Alegrete, Passo Fundo, Santa Rosa e Santa Maria, organizaram ações específicas neste mês para reforçar os estoques. A campanha do junho vermelho alerta que uma única doação pode beneficiar até quatro pessoas. Autoridades em saúde reforçam que qualquer pessoa entre 16 e 69 anos, com peso acima de 50?kg, em boas condições de saúde e sem sintomas gripais, pode contribuir. A doação é rápida, segura e fundamental para manter os estoques estáveis durante todo o ano especialmente nos períodos mais frios.
