Mesmo não estando mais em seu auge, há quem ainda respira o rock. As letras e sons atravessam gerações desde os anos 1950, época do seu surgimento, e ainda mantêm um público fiel pela região Norte do Estado. Alguns exemplos disso são as bandas Fliperama, Datavenia e Ohana.
Apaixonados pelos acordes intensos e marcantes, as três gerações continuam levando o rock para os palcos e movimentando as plataformas digitais. Com as mesclas de gêneros e ritmos, as três décadas diferentes revivem o estilo musical em Frederico Westphalen em comemoração ao Dia do Rock, celbrado nesta terça-feira, 13.
A geração dos anos 80
Formada por músicos gaúchos que viveram intensamente a época, a Fliperama revive o momento do rock dos anos 80. Com um repertório totalmente direcionado à época, trazem de volta sucessos do Rock Oitentista no intuito de jamais serem esquecidos. Com 35 anos de carreira, Sandro Vieira, 48 anos, vocalista e idealizador da banda Fliperama, expressa que a influência do rock como estilo musical persiste ao longo das gerações. Ao falar da banda, conta que a Fliperama é uma forma de poder levar para o palco e reviver músicas que já não tinham mais espaço na vida das pessoas e traz significado em manter o rock nos dias atuais.
– O nascimento da Fliperama representa a liberdade musical. Quando estamos no palco, podemos nos reconectar com uma época que marcou e fez história. Ouvia-se rock nas rádios. Quando se falava sobre música, as pessoas falavam sobre rock. O estilo era muito difundido. E a Fliperama é uma oportunidade para [a geração da década de 80] se redescobrir por meio desse estilo musical – relata.
A música que eles sentem
Com o tempo, outras gerações cresceram e o rock ganhou novos fãs. Com muitas histórias para contar, e estradas percorridas, inspirados no rock dos anos 90, “nasce” também em Frederico Westphalen a banda Datavenia. O baterista da banda, Guilherme Argenta, 30 anos, conta que o grupo é uma expressão, uma maneira de manifestar o ponto de vista, ideias e ideais por meio da música. Para eles, que começaram cantando vários covers e hoje trabalham com repertório autoral, a música deve ser sentida. “Escutar o som. É preciso sentir, não tem como explicar. É sobre o que cada um sente ao escutar a música, a batida, o som pesado. Eu não sei se a gente escolheu rock ou foi o rock que nos escolheu. Mas eu sei que quando escutei algumas bandas pela primeira vez, era o que eu queria continuar fazendo”, expressa Argenta.
O “som Ohana”
O rock se tornou essencial na vida dos meninos da banda Ohana. Partilhando as mesmas paixões e energia pela música, o gênero fluiu naturalmente na trajetória do grupo frederiquense. Influenciados por clássicos do rock, como Beatles, Rolling Stones e The Who, Pink Floyd, moldaram seu estilo e também fortaleceram novos jeitos de fazer rock. Ruvie Caovilla, vocalista e guitarrista solo, 19 anos, conta que a vontade era fazer o “som Ohana”, reinventar e fazer do jeito deles. “A essência do nosso som é passar o sentimento de alegria que estamos sentindo. Fazer com que o público sinta um pouco da alegria que nos contagia no palco e tornar todos os momentos marcantes para nós”, conta.
O rock que vive neles
Com uma diversidade de influências, seja por meio de bandas de sucesso, das décadas que marcaram história ou pelo gosto musical dos pais, ao longo do tempo o rock traz em canções os ideais de vários públicos. Em Frederico Westphalen, os músicos da Fliperama, Datavenia e Ohana respiram as letras, os sons e estilos do rock and roll sob os palcos, proporcionando recordações e novos formatos de um gênero que mesmo com o passar dos anos ainda vem influenciando novas gerações.