Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo Uglione Boldrini e condenado em março deste ano a 31 anos e oito meses de prisão pelo assassinato do filho, passa a cumprir pena em regime semiaberto, em Santa Maria. Ele será monitorado por tornozeleira eletrônica. É na mesma cidade que está enterrado o menino e a mãe dele, Odilaine Uglione, ex-mulher de Boldrini.
Boldrini saiu da cadeia com tornozeleira eletrônica em julho deste ano, por não haver vagas no sistema prisional no regime semiaberto. Detido há mais de nove anos e tendo o benefício de remição de pena por ter trabalhado na prisão, Boldrini soma mais de 12 anos de pena cumpridos, o que corresponde a 39% do total.
O Ministério Público entrou com recurso no Tribunal de Justiça contra a progressão de regime de Boldrini. O processo, que tramita na 3ª Câmara Criminal, está apto para julgamento com previsão de votação no dia 19 de outubro. Além disso, a defesa tem um recurso pedindo a anulação do segundo júri do réu. Em 2019, Boldrini já havia recebido pena de 33 anos e oito meses de prisão no primeiro julgamento, mas, em 2021, o júri foi anulado.
As regras que Boldrini deve cumprir
– Não poderá se afastar de sua residência no período compreendido entre 20 horas e 6 horas.
– A zona de inclusão do monitoramento eletrônico será na cidade onde o apenado reside, abrangendo, inclusive, os trajetos de ida e volta entre residência e local de trabalho.
– Os dias de saídas temporárias serão informados pelo apenado antecipadamente à Susepe.
– Atender aos contatos do funcionário responsável pelo monitoramento eletrônico e cumprir suas orientações.
– Entrar em contato com a Divisão de Monitoramento Eletrônico, caso perceba defeito ou falha no equipamento de monitoramento.