A ideia da construção de uma miniestrutura ferroviária veio em 2010, quando o frederiquense Guilherme Borghezan, 21 anos, levou a paixão pela ferrovia a sério e, desde então, trabalha em uma maquete que, carinhosamente, é chamada de “minimundo ferroviário”. A construção se deu início quando ele ganhou de aniversário uma caixa básica com uma locomotiva, três vagões e um kit de trilhos. A partir daí, a paixão foi só crescendo.
Sem espaço para o andamento da construção, o início do projeto foi na garagem de casa, localizada no bairro Jardim Primavera, em Frederico Westphalen, onde ele começou a fazer a maquete, que foi crescendo cada vez mais, e acabou ficando sem espaço para dar seguimento. Com a ideia da mãe e o investimento de R$ 3,5 mil, foi adquirida uma carroceria de um ônibus, que estava parada em um pátio da Prefeitura de FW.
Devido à ampliação da maquete, Borghezan conquistou seus primeiros retornos financeiros e utilizou os recursos na produção e distribuição de fôlderes pelas escolas do município para a divulgação do seu trabalho e como forma de convidar as pessoas a conhecerem o projeto pessoalmente. A visitação foi tomando grandes proporções, recebendo pessoas de diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e até São Paulo.
Partes técnicas
Dentro de um ônibus 13x13 da Mercedes Benz hoje está montada toda a estrutura da maquete do minimundo ferroviário. Todo o suporte é composto por MDF, papelão, palitos de picolé, rio de cola quente, o relevo de isopor maciço, a pintura com tons de cinza para dar o aspecto de realidade, e mini bonecos para fazer a simulação de pessoas reais. Cada parte do projeto é de uma Estado diferente, e todas foram inspiradas em construções que existem na realidade.
De acordo com Borghezan, o mais difícil de ser executado foi a parte elétrica. “Precisei estudar bastante essa questão da parte elétrica, já fiquei muitas vezes sem dormir por conta de problemas na estruturação do projeto. Toda a elétrica é composta por leds de 12 volts”, afirma.
Próximos passos da estrutura
Segundo Borghezan, a montagem da construção – que até o momento teve um investimento de aproximadamente R$15 mil – sempre vai ter uma coisa para arrumar ou aprimorar. A intenção dele é envelopar todo o ônibus por dentro e por fora para que as pessoas tenham dimensão de realidade.
Ainda, de acordo com Borghezan, a intenção é sair levar o ônibus do minimundo ferroviário por toda a região após o envelopamento.
Atualmente, Guilherme Borghezan divide a sua paixão pelo minimundo com a sua carreira de soldado da Aeronáutica, atuando em Santa Maria, mas sempre que possível está em FW para dar andamento ao seu projeto.