Uma iniciativa das administrações do Presídio Estadual de Frederico Westphalen e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) do município permite que três apenados do regime fechado trabalhem semanalmente em horário de expediente, mediante escolta, na reforma e pintura da sede do batalhão ambiental frederiquense.
Segundo o administrador do presídio de FW, Gabriel Guidini Camargo, a ação faz parte de uma série de medidas que buscam alternativas para proporcionar uma nova percepção da sociedade em relação ao sistema prisional e vai ao encontro das diretrizes da secretaria de Justiça e sistemas penal e socioeducativo no que diz respeito ao trabalho prisional.
O trabalho dos presos na Patram surgiu pela iniciativa do atual comandante do órgão, sargento Fabiano da Silva, que buscou no sistema prisional a mão de obra necessária para poder garantir a realização das reformas no local. A partir da autorização do Poder Judiciário, as atividades começaram.
Para o administrador do presídio, a ação garante, também, benefícios para a sociedade.
– Além de dar dignidade à pessoa privada de liberdade, [o trabalho] proporciona aos apenados oportunidades que vão além da previsão legal de remição de pena, demonstrando que o sistema prisional pode atuar diretamente em prol da comunidade, mudando aos poucos um conceito de um sistema estritamente punitivo para um sistema capaz de regenerar e recuperar aqueles que se encontram segregados – justifica Camargo.
Além disso, como os presos irão retornar para a sociedade em algum momento, ele entende que é necessários trabalhar essa ressocaialização. “É nossa responsabilidade criar alternativas para que essa reinserção seja de forma positiva quebrando um ciclo de reincidência, proporcionando assim mais segurança para comunidade”, argumenta Gabriel.