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Investigação
Como agiam os dois empresários de FW presos por fraudes em licitações
Operação movida pelo Ministério Público desarticulou "cartel" que participava sistematicamente de processos licitatórios em diversos municípios do Estado
Por: João Victor Gobbi Cassol
Publicado em: quinta, 27 de maio de 2021 às 14:23h
Atualizado em: quinta, 27 de maio de 2021 às 16:54h

Peças centrais de um cartel de 21 estabelecimentos que fraudava licitações em municípios gaúchos, duas empresas de Frederico Westphalen foram alvo de uma ação realizada pelo Ministério Público (MP), na manhã de quinta-feira, 27. Em FW, a operação Aliança Criminosa, movida pela Promotoria de Justiça Especializada, de Porto Alegre, resultou na prisão dos dois proprietários dos estabelecimentos comerciais acusados de praticar as fraudes.
Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram cumpridos ao longo da manhã.

Primeiro, o MP, acompanhado da Brigada Militar, Receita Estadual e Polícia Civil, foi até as residências dos investigados e, depois, se dirigiu às empresas, onde um dos acusados foi detido. Os dois estabelecimentos se localizam no mesmo endereço, no bairro Santo Antônio, inclusive anunciando os nomes diferentes em uma única fachada. Ambos forneciam às administrações públicas produtos para escritório, alimentos, itens de higiene pessoal e equipamentos para prevenção da Covid-19.

O outro acusado foi preso enquanto se deslocava para um dos municípios que contrataram os serviços das empresas frederiquenses. O indivíduo foi detido em uma caminhonete, na estrada que leva até Dona Francisca, cidade na região de Santa Maria. No veículo, a polícia encontrou diversos produtos sem nota fiscal, com possível destino para a administração pública local.

Os dois empresários presos responderão por fraudes em licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato-desvio e elevação arbitrária de valores. Nos próximos dias, o MP ainda ouvirá um terceiro suspeito que, para a surpresa da investigação, também abriu uma empresa no mesmo endereço das duas já mencionadas. Funcionário do local, ele pode ser acusado pelo fato de estar entrando no mesmo esquema ilícito dos patrões, segundo a promotoria.

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