Provavelmente, você já deve ter parado em algum momento da sua vida e pensado que gostaria de realizar algum projeto antes de ficar mais velho(a). Mas, será que existe uma idade certa para vivermos os nossos sonhos? As irmãs Noelly Wirti Gastmann, de 87 anos, Nery Wirti, de 85 anos, e Neida Wirti Barros, de 82 anos, dizem que não, e são a prova de que aceitar e aproveitar cada etapa da vida pode ser a chave para tornar leve e feliz a passagem do tempo.
Esbanjando energia, as três, que amam viajar e se aventurar por aí, embarcaram em um Gol 2010, em Frederico Westphalen, no dia 10 de março, e sozinhas foram para Rivera, no Uruguai. “Foi um momento inesquecível. A nossa idade robusta poderia ser o empecilho, mas pelo contrário, nos deu ainda mais ânimo e nos fez perceber que não há idade para viver os nossos sonhos. Noelly, a mais velha, acredito foi a mais corajosa, por encarar na confiança. A Neida foi nomeada a nossa motorista oficial, e coube a mim o posto de copiloto. Dividimos a tarefa para que todas pudessem apreciar as paisagens e também não ficar algo exaustivo. Fizemos paradas para nos alimentar, esticar um pouco das pernas, verificar o carro. Foi tudo muito tranquilo”, conta Nery.
Muitas histórias
Desde que se encantaram por conhecer outros cantos do mundo, Noelly e Nery, que moram em Frederico Westphalen, e Neida, que atualmente reside em Florianópolis (SC), dizem a cada retorno de viagem não trazem somente as roupas e presentes. Na bagagem, vem muita história para contar e experiências para serem relembradas. “É costume viajarmos juntas, de carro ou de outra forma. Montevidéu, Colônia do Sacramento, Punta de Leste, Buenos Aires, Patagônia, Puerto Iguaçu, Bariloche, Posadas, Cartagena (Colômbia), Turquia e nosso Estado, que é muito bonito e tem muito para se ver, são alguns dos destinos que já visitamos. Sempre nos reunimos para planejar as viagens, e cada uma tem sido um aprendizado”, relatam.
Novos roteiros
A viagem para Rivera, sem dúvidas, terá muitos relatos até o próximo destino. “Foi uma viagem excelente. As regiões têm diferenças tão marcantes que por momentos parece não ser o mesmo Estado. Pampas que se perdem no horizonte, serras cobertas de vegetação nativa, rios com praias de areia branca, cidades que se modernizam conservando a história, sotaques que modulam a comunicação. A cultura de cada cidade, de cada região, captada no contado com as pessoas locais, talvez tenha sido o ponto alto das viagens. Conhecemos pontos turísticos, fomos a um cassino, onde nos divertimos muito (imagina três idosas na jogatina?), assistimos a shows. Enfim, aproveitamos ao máximo”, relata Nery.
Já em casa, agora as irmãs aventureiras planejam o próximo roteiro, para as férias de verão. “Neste formato de viagem pretendemos, para o próximo verão, nos aventurarmos pelo Sul do Estado e litoral Sul, com alguns dias em Colônia do Sacramento, no Uruguai”, adiantam, acrescentando que todos deveriam sentir o prazer que é viver uma aventura assim.