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Articulação Amzop
Secretário nacional da Defesa Civil visita região para observar impactos da estiagem
Roteiro teve início na quinta-feira, 10, em Iraí, e se estendeu por Frederico Westphalen, Ametista do Sul e demais municípios
Por: Redação
Publicado em: segunda, 14 de março de 2022 às 13:43h

Os gestores da região estão buscando soluções e articulações para mitigar os problemas causados pela estiagem. Com isso, a partir de uma demanda encabeçada pela Associação dos Municípios da Zona da Produção (Amzop), o secretário nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, esteve na região para observar quais são os reais impactos que a falta de chuvas adequadas vem causando aos municípios. 
O secretário, acompanhado de outra profissional da Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedec), iniciou o roteiro pela cidade de Iraí, na quinta-feira, 10, averiguando os impactos deixados pelo recente vendaval que atingiu mais de 300 famílias no município, além de visitar propriedades interioranas para conversar com os produtores, com o intuito de ouvir diretamente quais são as principais demandas. Já na manhã de sexta-feira, 11, os representantes da pasta federal estiveram em Frederico Westphalen, participando de uma coletiva de imprensa, onde forneceram informações sobre o andamento da agenda. 

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Balanço das visitas
Durante a coletiva, em relação aos prejuízos do vendaval em Iraí, o secretário já adiantou que serão liberados recursos para repor todas as telhas que foram perdidas, tanto na comunidade rural, quanto na região urbana e também na comunidade indígena.
Já em relação à estiagem, Alexandre antecipou que visitas foram efetuadas em propriedades do interior, onde agricultores puderam explanar as problemáticas.
– Pudemos observar produtores de soja, por exemplo, que perderam a sua safra, e conversar com eles para entender de que forma podemos ajudar, inclusive, acionando o Ministério da Agricultura e outros agentes do governo federal. Principalmente, a gente identificou a necessidade de melhorar a questão de recursos em relação ao transporte e logística da distribuição de água – comenta o secretário. 

Ações do governo federal
Durante a entrevista coletiva, o secretário discorreu acerca das ações que o governo, por meio da Sedec e do Ministério do Desenvolvimento Regional, vem realizando. Segundo Alexandre, estão sendo destinados recursos para obtenção de cestas básicas para os produtores, aluguel de caminhão-pipa, combustível para as prefeituras, tanques para transporte e outras intervenções afins. Ainda, foi salientado que com base nas observâncias é possível identificar outras situações e, em conformidade com o orçamento disponível e respeitando aspectos da legislação, destinar novos recursos e programas. 

Cobrança ao Estado por celeridade nas reivindicações
Em meio a agradecimentos pela visita do secretário nacional da Defesa Civil, muito em função da rapidez em liberar recursos para os municípios, os gestores também cobraram do governo do Estado, celeridade no atendimento das solicitações. Presente na coletiva, o prefeito de Vicente Dutra, Tomaz Rossato, realizou um desabafo em relação à assistencialidade que o governo gaúcho vem adotando para com os municípios, no sentido de demora nos repasses.

Articulações conjuntas entre Estado e União
Como forma de manter integrado o trabalho entre os representantes estaduais e federais, o secretário Alexandre explicou que existe um contato direto com o coordenador-geral da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Júlio Cesar Rocha, onde fora realizado um acordo em termos de compromissos com a população.
– Nós estamos trabalhando de forma articulada. Fizemos uma reunião com a bancada estadual e federal, lá em Brasília, estou em contato permanente com o coronel Rocha, e inclusive combinamos que em função do que tínhamos disponíveis de forma rápida, nós assumiríamos a questão das cestas básicas, fornecimento de combustível, e o Estado ficaria com aquilo que é mais pesado de infraestrutura. A gente entende que a crítica e os anseios dos prefeitos em relação à liberação de recursos mais rápidos são legítimos, mas possui determinadas ações que são mais demoradas em função de outorgas e burocracias que o próprio poder público detém – comenta.  
O responsável pela 7ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil do RS, Alexandre Moreira Pereira, complementou as palavras do representante federal, elucidando sobre as questões que são pertinentes e de alcance da Defesa Civil, enfatizando que todas as atividades possíveis da pasta estão sendo adotadas. 
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai