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Cooperativismo
Agricultores de Erval Seco recebem sementes do Banrisul
Projeto foi criado para garantir alimentação saudável e incentivar a produção
Por: Thaane Otero
Publicado em: sexta, 11 de março de 2022 às 13:47h
Atualizado em: sexta, 11 de março de 2022 às 13:54h

O Estande de Agronegócios do Banrisul na Expodireto foi palco para mais uma entrega de sementes para as famílias que fazem parte do Programa Sementes, criado em 2008 para incentivar o desenvolvimento rural sustentável, estimulando a produção de alimentos de base agroecológica e orgânica. As sementes foram distribuídas para 86 famílias do município de Erval Seco, que participam do grupo Horta o Ano Todo. 
Nesta quarta-feira, 9, foram entregues cerca de 90 quilos de sementes adquiridas de uma cooperativa de agricultores familiares que envolve mais de 180 famílias. Para a produtora rural Eliza Magedanz, que faz parte do programa, um dos principais benefícios é a qualidade das sementes que são entregues aos agricultores. “Fica muito caro comprar sementes boas, o produto que nós estamos recebendo hoje garante a qualidade da nossa alimentação”, declarou.
Participaram da cerimônia de entrega representantes da diretoria e executivos do Banrisul, da Emater e dos agricultores. O diretor de Crédito do Banco, Osvaldo Lobo Pires, destacou os benefícios do projeto para os agricultores, proporcionando qualidade de vida e estimulando a permanência no campo. “Essa iniciativa é um orgulho pelo que representa. Desejo vida longa ao programa e que cresça ainda mais”, salientou. 
O diretor Comercial do Banrisul, Fernando Postal, enfatizou que o programa representa o foco principal do banco, que é fomentar alternativas para o desenvolvimento. “Temos um carinho muito grande pelo programa, ele representa o lado social do banco”, afirmou. A superintendente de Agronegócios do Banco, Andreia Araújo, falou sobre a relevância do programa para a instituição e a importância da parceria com a Emater. “Os cuidados começam com a escolha do fornecedor para garantir a qualidade das sementes. A gente leva novas oportunidades para as famílias, e isso é sempre muito emocionante”, frisou.
Os agricultores recebem os insumos fornecidos pelo banco e a Emater, que é parceira no projeto, fornece assistência aos produtores. Os técnicos visitam as propriedades rurais levando capacitação e oficinas para inclusão social e produtiva das famílias.
O projeto foi criado para garantir alimentação saudável e incentivar a produção para evitar que as famílias abandonem o campo. Para Edi Fátima Sandri, extensionista rural e social da Emater, que também participou da cerimônia, o Programa Sementes Banrisul cumpre esse papel. “Eu me sinto muito feliz e honrada em fazer parte desse projeto, na certeza de estarmos no caminho certo, estimulando a segurança alimentar das famílias, geração de renda e a permanência dos agricultores no campo”, ressaltou.
Expectativa
O Programa Sementes garante às comunidades segurança e soberania alimentar, além de contribuir para a geração de renda e o desenvolvimento local por meio da comercialização da produção. E foi isso que atraiu a agricultora Ani Carmem Geib Manfio. A família dela é uma das 138 famílias de Erval Seco que são atendidas pelo programa.
Na propriedade de 10 hectares, a agricultora planta milho, trigo, cultiva hortaliças e trabalha com gado leiteiro. Ela agradece o empenho e a parceria entre o Banrisul e a Emater para estimular a produção de alimentos com qualidade. “Hoje, é muito difícil ficar no interior e o programa serve como um incentivo. A nossa expectativa é de aumentar a produção e a renda da propriedade”.
Quem pode ser beneficiado
O Programa Sementes Banrisul beneficia grupos de agricultores familiares, escolas, universidades, grupos de estudantes em trabalho de pesquisa em agroecologia, indígenas e quilombolas. Os grupos inseridos na condição de pobreza ou vulnerabilidade tem prioridade na escolha dos projetos a serem beneficiados. As escolas devem apresentar o Plano de Ensino em que conste a agroecologia ou agricultura orgânica na estrutura familiar. Os grupos de indígenas e quilombolas têm que apresentar declaração emitida pela Funai e certidão de autodefinição expedida pela Fundação Palmares.

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Fonte: Jornal O Alto Uruguai