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Coronavírus
Lixo gerado pela Covid-19 ameaça saúde e meio ambiente
OMS afirma que a prática de gestão de resíduos necessita de uma melhora
Por: Redação
Publicado em: terça, 01 de fevereiro de 2022 às 08:57h
Atualizado em: terça, 01 de fevereiro de 2022 às 09:00h

Em um relatório de 71 páginas divulgado nesta terça-feira, 1º, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre a enorme quantidade de resíduos gerada pela pandemia da Covid-19, que representa uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. Esse lixo “ameaça a saúde humana e ambiental, e expõe a necessidade urgente de melhorar as práticas de gestão de resíduos”, declarou a agência da ONU em um relatório.

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Com os países correndo para conseguir equipamentos de proteção individual (EPI) para lidar com a crise sanitária mundial, não se deu atenção suficiente para que o tratamento dos resíduos fosse feito de forma segura e sustentável, explicou a OMS.

Em um informe, a organização destaca o impacto dos cerca de 1,5 milhão de EPIs – aproximadamente 87 mil toneladas – administrados entre março de 2020 e novembro de 2021 e expedidos para os países por meio do sistema das Nações Unidas. Trata-se de uma pequena parte do total.

Além disso, foram distribuídos mais de 140 milhões de kits de testes de detecção do coronavírus, o que pode gerar 2,6 mil toneladas de resíduos plásticos, não infecciosos, e 731 mil litros de resíduos químicos. Pelo menos 97% dos resíduos plásticos dos testes são incinerados, diz o relatório.

As primeiras 8 bilhões de doses da vacina anticovid-19 administradas no mundo todo produziram 143 toneladas de lixo, incluindo seringas, agulhas e caixas de segurança. A OMS não recomenda o uso de luvas para o manuseio de vacinas anticovid, mas o informe aponta que esta é uma prática comum.

 

Soluções práticas

O relatório afirma que, mesmo antes do início da pandemia, a gestão de dejetos médicos de forma segura era insuficiente a covid-19 piorou a situação. Segundo os últimos dados disponíveis, de 2019, 30% dos estabelecimentos de saúde no mundo não contam com um sistema seguro de gestão de resíduos médicos. Nos países menos desenvolvidos, essa proporção é de quase 60%.

O documento recomenda soluções práticas, como o uso mais racional dos EPIs; uso de menos embalagens; desenvolvimento de EPIs reutilizáveis, ou feitos de materiais biodegradáveis; investimento no tratamento de resíduos que não impliquem incineração; e investimento na produção local de EPIs.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações AFP