Contrariando às manifestações dos governadores do país, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), confirmou na quinta-feira, 27, o reajuste de 33,24% no valor do piso nacional do magistério, que passará de R$ 2.886,00 para R$ 3.845,00. De forma anual, o Ministério da Educação (MEC) anuncia o reajuste salarial aos professores, com base na Lei do Piso do Magistério, contudo, o último aumento foi em 2020 e desde então o reajuste estava congelado.
Os governadores e prefeitos já haviam sinalizado que o valor causaria rombo nos cofres públicos dos municípios e do Estados, haja vista que são essas duas instâncias que arcam com os salários dos professores. Conforme estimativa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a adequação pode provocar um impacto de R$ 30 bilhões apenas no orçamento dos municípios. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, disse em entrevista à Gaúcha ZH que a maior parte dos municípios não possui condições de bancar reajuste acima de 30%. Dito isso, a entidade municipalista sugere que a adequação seja feita com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que em 2021 foi de 10,16%. Após o anúncio, o MEC explicou como o cálculo foi realizado.
Segundo informações da Secretária de Educação Básica, órgão vinculado ao ministério, mais de 1,7 milhão de docentes serão contemplados com o reajuste em todo o país.