A estação mais quente iniciou nesta terça-feira, 21, às 12h59min, com o dia mais longo do ano e uma tendência nada animadora para a região. Ainda sob efeito do La Niña, a expectativa é de que a estiagem continue em razão das baixas precipitações previstas. “O prognóstico climático que a Emater/RS-Ascar acompanha mostra que o início do verão será ainda bem complicado, com um janeiro de chuvas abaixo da média e, talvez, um fevereiro dentro da normalidade, mas nada que venha resolver o problema da estiagem a curto prazo. Para março, as condições de chuvas esperadas também são bem abaixo da normalidade. Então, a tendência é que a região tenha um verão com muita heterogeneidade, ou seja, chove de um lado da cidade e do outro nem apaga a poeira, noites com temperaturas baixas, característica do La Niña, e temperaturas muito elevadas durante o dia”, afirma o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Luciano Schwerz.
Impactos na cultura de grãos e produção leiteira
Com poucas chuvas, o clima continuará “castigando” a cultura de grãos e também a atividade leiteira da região. “O milho está sofrendo muito, mas a partir desse momento a soja também começa a comprometer a produtividade. Além disso, as forragens e produção de leite começam a ter problemas, pois não têm rebrote, as pastagens não se desenvolvem, não têm qualidade e a silagem que está sendo guardada é de baixa qualidade. Então, será um verão com muitos desafios, que deverá ter menos chuvas que o normal e isso também pode se estivar para o outono”, alerta Schwerz.