A aviação civil tem vivido um bom momento nos últimos anos. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), o Brasil deve se tornar o quinto maior mercado mundial em transporte aéreo até o fim de 2030. Voar é, sem dúvidas, o sonho de muitas pessoas, e passou a ganhar cada vez mais um olhar atento das mulheres. Um exemplo disso é a frederiquense Laura Ciocari, de 20 anos, que ingressou no curso de Ciências Aeronáuticas para realizar o sonho de ser piloto de avião.
Sonho em andamento
No ano de 2016, quando estava cursando o segundo ano do ensino médio em Frederico Westphalen, um amigo contou a Laura um pouco sobre a aviação civil. Ao chegar em casa e pesquisar mais sobre, a jovem se apaixonou pela profissão. Hoje, aos 20 anos, está no quinto semestre do curso de Ciências Aeronáuticas, na PUCRS, em Porto Alegre, e apesar de estar longe de casa, da família e amigos, morando na capital desde 2019, Laura é realizada pelo caminho que escolheu trilhar.
– Me sinto realizada no que faço. Desde o primeiro dia quando decidi iniciar a formação como piloto, tive o apoio dos meus pais, Velcio José Ciocari e Valeria Schmitz, e o carinho dos meus irmãos, Matheus e Larissa. Essa base familiar tem sido essencial para a conquista dos meus objetivos – cita Laura.
Voando “em casa”
No dia 13 de outubro, Laura realizou o seu primeiro voo para Frederico Westphalen, e diz que foi algo emocionante. “Para a minha cidade natal foi a primeira vez voando. Fomos meu instrutor e eu, e poder ver a minha região do alto foi sensacional. Meu primeiro voo foi em 2018, quando me mudei para Carazinho para realizar as 15 horas necessárias para entrar no curso de Ciências Aeronáuticas. Lembro que na hora da decolagem eu estava extremamente feliz e apaixonada pela vista, assim como me senti sobrevoando Frederico Westphalen”, conta a estudante.
Os voos de Laura durante o curso são em grande maioria acompanhados de um instrutor. O curso de piloto privado ela finalizou no início de 2020, agora está realizando as rotas visuais de piloto comercial e o próximo passo será começar o simulador IFR de monomotor.
– Com a conclusão do curso de Ciências Aeronáuticas me formo como uma piloto multi IFR, porém para fazer alguma seleção para as companhias aéreas preciso acumular mais horas de voo, então penso em me formar na faculdade e ser instrutora no aeroclube que voo hoje em dia – explica Laura.
Futuro
Ao se formar em Ciências Aeronáuticas, Laura poderá atuar como piloto ou copiloto, desde que esteja habilitada e conclua outras qualificações. Devido às exigências de órgãos como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para obter a licença de piloto é obrigatório passar por uma série de testes específicos, além de comprovar horas de voo acumuladas.
– Quando me formar irei ter mais ou menos 200 horas de voo, porém para uma seleção nas companhias aéreas será necessário mais, por isso penso em iniciar sendo instrutora de voo no aeroclube. Outra ideia seria me formar e seguir para os voos executivos, que exigem menos horas que as companhias. Tenho o sonho de trabalhar em alguma companhia aérea brasileira, acumular conhecimento e horas de voo para no futuro poder realizar voos internacionais ou em companhias aéreas fora do Brasil. O caminho é longo, mas eu sempre digo que se você tem o sonho de voar e é apaixonada por aviões, nunca desista dos seus objetivos. A sua realização deve estar sempre em primeiro lugar – finaliza.