O tempo favorável contribuiu para a ampliação do plantio do milho durante a semana no Rio Grande do Sul, que chegou a 65%, segundo o informativo conjuntural publicado e divulgado no dia 14, pela Gerência de Planejamento (GPL) da Emater/RS-Ascar. Toda a área já cultivada encontra-se em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Na regional da Emater de Frederico Westphalen, a boa germinação/emergência das lavouras foi favorecida pela umidade do solo, em razão das chuvas dentro da média registrada nas últimas semanas. Em grande parte das lavouras implantadas, foram realizados os tratos culturais de controle de plantas invasoras e aplicados os adubos nitrogenados em cobertura nas áreas que permitiam a execução da atividade para a adequada incorporação do nitrogênio ao solo. “A cultura do milho realmente é muito importante para as nossas propriedades, para a nossa região, que é uma grande criadora de suínos e com uma bacia leiteira muito forte. A região, em termos de plantio de área, está um pouco mais avançada que em outros lugares do Estado. Concluímos que praticamente toda a área do cedo está praticamente plantada e razão das condições climáticas. É uma área bem expressiva aqui na região, com aproximadamente 88 mil hectares de plantio de milho para fins de colheita de grãos, e também uma área expressiva para silagem, que é de cerca de 25 a 30 mil hectares”, explica o gerente-adjunto da Emater/RS-Ascar Regional de FW, Cleomar De Bona.
De acordo com De Bona, se o clima continuar favorável, a expectativa é a de que a safra de milho tenha uma boa produção. “A estimativa do momento é de um rendimento em torno de 8,5 mil a nove mil quilos de grãos por hectare. Ano passado, o milho sofreu uma estiagem que veio antecipada (entre o fim de outubro e início de novembro), então a nossa projeção é um pouco menor da expectativa do produtor, pois a Emater leva em consideração os últimos cinco anos”, projeta o gerente-adjunto.
Preocupação com a cigarrinha
Apesar das chuvas, a preocupação com a cigarrinha ainda deve continuar. É o que explica o gerente da Emater Regional de FW, Luciano Schwerz. “Uma das estratégias que nós sempre recomendamos aos agricultores é tentar efetivar o plantio em condições ou períodos mais parecidos, dentro da propriedade e entre as propriedades, para que as lavouras sigam um padrão e evita-se a migração da praga, que acaba saindo de um milho mais adulto para um milho mais novo. Então, a cigarrinha é uma preocupação para esse momento também, pois nossas lavouras já terão milho nos próximos dias entrando na fase de antese e também de pendoamento, que é a floração, e esse milho em um estágio mais avançado já começa a não receber o tratamento para a cigarrinha, o produtor vai se preocupar com controle de fungicidas, e aí a cigarrinha começara a ter uma reprodução um pouco maior nestas áreas. Em pequenas propriedades, por exemplo, onde não é possível fazer a pulverização com o avião, o trator não passa mais e, consequentemente, você abre uma janela para a multiplicação desta cigarrinha”, explica Schwerz.