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Setembro Amarelo
Suicídio: Rio Grande do Sul é o Estado com maior taxa de mortalidade no país
Apoio e contato afetivo são fundamentais para a prevenção
Por: Suseli Cristo
Publicado em: sexta, 10 de setembro de 2021 às 10:42h
Atualizado em: sexta, 10 de setembro de 2021 às 10:52h

Nesta sexta-feira, 10, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio, coordenado pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), orienta a população sobre a importância do apoio e do contato afetivo com outras pessoas como fatores de proteção ao bem-estar físico e mental, sendo essenciais para a prevenção ao suicídio.
As pesquisas atuais mostram que é necessário termos uma rede de pessoas que nos deem atenção e acolhimento. “Os seres humanos não podem viver sozinhos, precisamos cuidar uns dos outros”, afirma a enfermeira Marilise Fraga de Souza, chefe da Divisão de Políticas Transversais da SES/RS.
De acordo com Marilise, é importante estarmos atentos às pessoas, escutando e dando sinais de interesse pelo outro. “Também precisamos valorizar a nossa saúde mental e procurar fazer coisas que nos ajudem a ficar bem”. Ela cita dicas para se sentir melhor no cotidiano, como fazer atividades físicas ao ar livre, valorizar os relacionamentos interpessoais, participando de grupos de convivência e salienta que nos primeiros sinais de sofrimento, devemos procurar ajuda. “Quando percebemos que estamos com dificuldades, com sentimentos desagradáveis persistentes, devemos buscar ajuda nos serviços de saúde mais próximos”, alerta.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma rede de atenção em saúde que pode ajudar as pessoas em sofrimento mental, desde os serviços da Atenção Primária em Saúde (APS) até os da atenção especializada em saúde mental, como as equipes especializadas em saúde mental e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
Os serviços da APS (Unidades Básicas de Saúde e Estratégias de Saúde da Família) são referência para o acolhimento e acompanhamento das pessoas em sofrimento psíquico e daquelas com transtornos mentais considerados mais leves, já os casos moderados, podem ser acompanhados pelas equipes especializadas de nível ambulatorial, enquanto os casos de transtornos mentais e comportamentais mais graves e persistentes são referenciados para os CAPS.

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Cenário epidemiológico do suicídio
A coordenadora do Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio, Andreia Volkmer, diz que os últimos dados consolidados são de 2019 e mostram que o Rio Grande do Sul é o Estado com maior taxa de mortalidade no país. “Nas diversas faixas etárias há algum tipo de preocupação com a questão do suicídio, que é um fenômeno complexo, multicausal e está dentro de um espectro, porque se apresenta de diferentes formas”. Ela afirma “temos as tentativas de suicídios, as autoagressões, os óbitos e ainda os sobreviventes, que são os familiares e amigos daqueles que morreram”. Andreia considera que a soma de todas essas pessoas envolvidas forma um grupo bem relevante como foco de preocupação na área da saúde.
Em 2019, foram registrados 1.423 casos de suicídios no RS, com maior incidência na faixa etária entre 50 e 59 anos, sendo 80% homens.

Ocorrência por tipo de população
- Autoagressão, sem intenção de morte, ocorre mais entre os jovens.
- Tentativa de suicídio, mais em pessoas adultas, com preponderância entre as mulheres.
- Óbito, as maiores taxas ocorrem entre os idosos, do sexo masculino
Você pode conferir o cenário epidemiológico do suicídio 2021 pode ser conferido, na íntegra, clicando aqui.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações da Secretaria Estadual de Saúde