Com os objetivos de realizar um caminho penitencial, pedindo a Deus o fim da pandemia, o incentivo às vocações, a perseverança do clero e a graça da canonização dos beatos Manuel e Adílio, três padres da Diocese de Frederico Westphalen realizaram uma peregrinação de Três Passos a Nonoai. Participaram da caminhada, que contabilizou mais de 200 quilômetros, o pároco de Iraí, Mauro Luiz Argenton; o pároco de Pinheirinho do Vale, Edejalmo Rubert; e o vigário paroquial de Seberi, Marco Antônio Jardinello.
A saída aconteceu no dia 6, após a Páscoa, semana que tradicionalmente a Diocese de FW se reunia em retino anual. Neste ano, em razão da pandemia, o evento não foi realizado e os três sacerdotes resolveram vivenciar uma nova experiência. “Realizamos o caminho de volta dos beatos, ou seja, o caminho que não foi permitido a eles realizar. Caminhamos de Três Passos, local do martírio, até Nonoai, onde moravam os mártires”, comenta Argenton.
Segundo os padres, a caminhada foi marcada por dias de muita oração, reflexão e contemplação das belas paisagens das encostas do rio Uruguai. “Escolhemos um caminho que foi praticamente todo feito por estrada de chão. Dessa forma, após sair de Três Passos, passamos pelos municípios de Derrubadas, Barra do Guarita, Pinheirinho do Vale, Caiçara, Iraí, Alpestre, Rio dos Índios até chegar em Nonoai, no dia 13 de abril. Chegamos ao fim de nossa peregrinação muito realizados. Apesar de algumas bolhas nos pés, dores musculares, cansaço e esgotamento, valeu a pena. Esperamos, após a pandemia, fazer desse caminho um roteiro de peregrinação para muitos devotos. E já sabemos de muitos interessados. Foi um caminho de dores, mas muito mais de alegrias, de belezas naturais e, acima de tudo, de sentir a presença e a benção de Deus”, destaca o pároco de Iraí.