A Central Única das Favelas do Rio Grande do Sul (CufaRS) está representando o Estado em dois dos mais importantes eventos internacionais sobre inovação social, desenvolvimento sustentável e justiça climática neste mês de julho. A organização marca presença na Expo Favela Paris, na França, que iniciou ontem, 4, e se estende hoje, 5, e no AI for Good Summit, de 8 a 11 de julho, em Genebra, na Suíça.
A Cufa leva ao centro do debate internacional o relato da emergência climática vivida pelo Rio Grande do Sul nos últimos três anos, marcada por uma sequência devastadora de enchentes. Em 2024, o estado registrou a maior tragédia climática de sua história, com mais de 700 mil pessoas desalojadas. Em 2025, milhares de famílias seguem enfrentando perdas, frio e incertezas.
Atuando diretamente nos territórios afetados, a Cufa tem organizado salvamentos, abrigos, mutirões de limpeza, lavanderias sociais, cozinhas comunitárias e ações de recuperação econômica, com uma rede que já entregou mais de 4 mil toneladas de doações.
– Não há como falar em crise climática sem ouvir as favelas. Elas são as mais atingidas e menos protegidas, mas também de onde surgem soluções reais, urgentes e eficazes – destaca Junior Torres, presidente da CufaRS. Ainda integra o grupo de gaúchos na Europa, *Vinicius Duarte, coordenador da Cufa Bom Jesus e da Taça das Favelas RS, entre outros representantes.
