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Expofred
Cores, bordados e história
Os trajes que celebram a Expofred
Por: Henrique Brocco
Publicado em: segunda, 28 de abril de 2025 às 09:50h
Atualizado em: segunda, 28 de abril de 2025 às 09:59h

Por trás de cada bordado, uma mensagem. Em cada cor, um setor da economia. Em cada peça, o orgulho de um município que cresce e se reinventa. Os trajes das soberanas da Expofred não são apenas vestimentas – são símbolos vivos de uma feira que carrega tradição, evolução e afeto.

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A criação dos trajes das soberanas da Expofred 2025 é obra da estilista Ângela Cristina Pessotto, da Unna, ateliê que há 16 anos traduz em formas, cores e tecidos a essência de um dos maiores eventos de negócios do norte gaúcho. Em cada nova edição, a missão é clara: comunicar a maturidade da feira e a força de Frederico Westphalen, tudo através da imagem de suas representantes.

Conceito e funcionalidade: elegância com liberdade

Para este ano, a proposta nasceu ainda em agosto de 2024, com foco em praticidade, sofisticação e, acima de tudo, conforto. As soberanas circulam muito, representam o evento em diversas cidades e, muitas vezes, enfrentam o calor do verão. Por isso, a opção foi por peças versáteis: blusas brancas que dialogam com as faixas e lenços oficiais, uma calça de alfaiataria leve, saias longas e camisetas em algodão. A mistura desses itens permite looks mais formais ou mais casuais, de acordo com o local e a ocasião.

O grande diferencial deste ano foi a introdução do peplum – uma peça colorida sobreposta, específica para cada soberana, carregando significado e emoção.

Significados bordados em cada cor

A rainha Luma veste verde, homenageando o setor agropecuário. Seu peplum, adornado com renda soutache e pérolas vermelhas, simboliza o cultivo, os frutos da terra e a força do campo.

Laura, princesa, carrega o amarelo – a cor da riqueza gerada pela indústria, serviços e comércio do município. Sua renda dourada fala de progresso e da transformação que nasce do trabalho.

Já Bruna, também princesa, desfila em vermelho. Suas flores bordadas representam o amor do povo por sua terra e o espírito voluntário que move a Expofred. Um lembrete: o evento é feito, em grande parte, por mãos que doam tempo e coração.

Trajes que contam histórias

Mais do que belos, os trajes são documentos visuais. A cada edição, a Unna trabalha para que essas peças comuniquem o espírito do momento, e que possam, no futuro, ser resgatadas como memória viva da feira. Algumas já voltaram à cena – como as capas de 2016, reutilizadas este ano, provando que a preservação tem valor simbólico e histórico.

Essa preocupação com o acervo não é à toa. Segundo Ângela, trajes de soberanas de outras grandes feiras do Estado, como a Festa da Uva, já fazem parte de exposições permanentes. Para ela, Frederico Westphalen também merece ver sua história contada em tecido, renda e sentimento.

 

—  Mais do que criar vestidos, quisemos contar histórias com esses trajes. Pensamos em cada detalhe com carinho: funcionalidade, beleza e, acima de tudo, significado. Cada cor e forma carrega a essência da Expofred e de Frederico Westphalen.

A Luma representa o Agro, com a força da terra e o verde da esperança. A Laura, com seu dourado, reflete a riqueza da produção e do trabalho. A Bruna, com o vermelho vibrante, traduz o sentimento, a união e a paixão pelo que fazemos.

Esses trajes são registros vivos de um tempo e de um povo. São memórias costuradas com amor — por isso, precisam ser preservados. Com muito orgulho, há 16 anos, a UNNA participa dessa história. E nesta edição, foi lindo ver as soberanas vestindo não só os vestidos, mas os valores e sonhos de toda uma comunidade.

Angela Cristina Pessotto

 

—  Desde 2010, quando fui convidada pela Sirlei Panosso, venho acompanhando de perto as Soberanas da Expofred. Os trajes que escolhemos para elas não são apenas roupas, são símbolos de nossa história e da importância do evento. Na edição de 50 anos, o dourado nos detalhes representava as bodas de ouro da feira, tornando tudo ainda mais emocionante.

Este ano, o convite do Jamil, Paulo e Juliane foi um marco para mim. Trabalhei com profissionais incríveis e com a idealizadora Ângela Pessotto, da Unna Maison, para criar trajes que unissem beleza, conforto e significado. O que mais me emocionou foi ver como as roupas desta edição se complementam, trazendo elegância e praticidade, permitindo que nossas Soberanas se sintam ainda mais poderosas e preparadas para representar a nossa Expofred com tanto orgulho.

Janete Ferigollo Haubert

 

 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai