A pró-reitora de Ensino da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Edite Maria Sudbrack, é a autora do livro “As razões do Pisa: regulações transnacionais e indução de políticas educativas”, publicado neste ano. O trabalho é resultado de estudos realizados durante o pós-doutorado da professora-doutora, desenvolvido entre 2018 e 2020, no Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, em Portugal.
O trabalho questiona os mecanismos usados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), instrumento internacional de avaliação que induz o desenvolvimento de políticas educacionais. “A obra reflete sobre a validade de avaliações padronizadas para países com culturas distintas, em um comparativo entre Brasil e Portugal”, explica a pró-reitora.
O trabalho contou com a supervisão da pós-doutora pela Universidade de Aveiro, Dora Maria Ramos Fonseca. A primeira edição pode ser encontrada nos formatos impresso e digital.
O que é o Pisa?
De acordo com o Ministério da Educação, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), tradução de Programme for International Student Assessment, é um estudo comparativo internacional feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Os resultados do programa permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades dos próprios estudantes em comparação com os de outros países. Além de servir para o desenvolvimento de políticas e práticas aplicadas educacionais com o objetivo de melhorar a qualidade e a equidade dos resultados de aprendizagem.
O Pisa é realizado a cada três anos e oferece informações sobre o desempenho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. Os dados são vinculados aos backgrounds e atitudes em relação à aprendizagem. Além dos principais fatores que moldam a aprendizagem, dentro e fora da escola.