Antônio Zanardi, nascido em 20 de agosto de 1931, no Barril (antigo nome de Frederico Westphalen), completou ontem 90 anos de vida. Atualmente, morador de Vista Alegre, ele tem uma longa e bonita jornada na história tradicionalista do Rio Grande do Sul.
Aposentado na agricultura e com 40 anos de trabalho em mecânica, Zanardi é inspiração para as pessoas. Casado com Milena Zanon Zanardi, tem nove filhos, 12 netos e 16 bisnetos, e além do amor pela tradição, prioriza momentos com a família. “Minha esposa cuida bem de mim, somos muito unidos e nos queremos muito bem”, frisa.
Tradição que vem de berço
Filho de José Zanardi e Maurília Ferreira Zanardi, herdou de seus pais a paixão pelo tradicionalismo, sendo que desde a infância foi criado seguindo os costumes tradicionalistas. No dia a dia, na hora de escolher as roupas, o que não pode faltar são as peças de traje gaúcho. “Devemos incentivar a tradição para que ela seja passada de geração a geração”, afirma.
Sempre ativo nos eventos tradicionalistas, como cavalgadas, rodeios, fandangos e demais festividades culturais, Zanardi também é sócio-fundador do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Estância Alegre, criado em 1989, no município de Vista Alegre, a fim de manter e incentivar a comunidade a participar do meio tradicionalista.
Como uma forma de reconhecimento, a Prefeitura de Vista Alegre homenageou Zanardi com o título de Patrão de Honra. “Fico muito feliz em ter esse reconhecimento, sempre fiz tudo com muito amor e pela paixão a nossa tradição”, comenta.
Outras paixões
Além da paixão pela cultura gaúcha, Seu Antônio tem alguns hobbies, como pescaria, jogar bocha e tocar gaita ponto, e ama estar com os familiares. “Minha maior alegria é ver a família reunida, estar com meus filhos, netos, bisnetos. Fico feliz quando eles estão perto, até porque alguns moram longe e não é sempre que nos vemos, mas no meu aniversário eles sempre vêm me visitar”, conta.
Em uma das viagens para visitar um neto, Antônio teve uma experiência que lembra com muito carinho, que foi voar de avião. “Nunca tinha entrado em um avião, achei que ia ficar com medo, mas gostei bastante, visitei um neto meu que mora no Rio de Janeiro. Foi uma experiência inesquecível”, finaliza o tradicionalista.