No dia 27 de fevereiro, dois homens serão julgados pelo assassinato da contadora Sandra Mara Lovis Trentin, que desapareceu em 2018. O ex-vereador Paulo Ivan Baptista Landfeldt, marido da vítima, e o réu Ismael Bonetto, apontado como executor, estão presos e negam envolvimento no crime. O caso gerou repercussão após a descoberta da ossada de Sandra, quase um ano após seu desaparecimento, em uma área rural entre Palmeira das Missões e Condor.
Sandra Mara desapareceu em 30 de janeiro de 2018, depois de sair de sua casa em Boa Vista das Missões. O último local onde foi vista foi em Palmeira das Missões, quando seu carro foi encontrado abandonado. Um ano depois, em janeiro de 2019, seus restos mortais foram localizados, e a investigação indicou que ela havia sido assassinada.
O Ministério Público acusa o ex-vereador de ter contratado Ismael Bonetto e outros executores não identificados para matar Sandra, com o objetivo de se livrar dela devido a um relacionamento conturbado e uma possível separação. Além disso, a acusação sustenta que a vítima sabia de irregularidades cometidas por Landfeldt em sua atuação política e poderia denunciá-lo. O ex-vereador teria prometido R$ 40 mil pela execução do crime.
Bonetto, inicialmente, confessou o assassinato, afirmando que matou Sandra a tiros a mando de Landfeldt e escondeu o corpo em Vicente Dutra, mas depois retratou-se, alegando que estava tentando extorquir o ex-vereador. A versão inicial do réu, no entanto, foi considerada pela Polícia Civil como mais próxima da realidade.
A defesa de Ismael Bonetto afirma que o julgamento representa uma oportunidade de esclarecer a verdade, destacando que o réu foi preso há mais de seis anos e que várias versões foram apresentadas durante a instrução do caso. Já a defesa de Paulo Ivan Baptista Landfeldt argumenta que não existem provas suficientes para ligar o ex-vereador ao assassinato de sua esposa.
O júri está agendado para o dia 27 de fevereiro, a partir das 9 horas, no Fórum de Palmeira das Missões.