Durante o período de graduação, todas as oportunidades provindas da área acadêmica acabam se tornando grandes possibilidades de qualificação profissional para o aluno. A Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen, e a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) são exemplos de instituições que ofertam, entre outras vantagens, a de realizar um intercâmbio educacional fora do país.
Oportunidades de intercâmbio na UFSM-FW
A UFSM oferece oportunidades de intercâmbio em 33 países, incluindo mais de 150 instituições estrangeiras. As ofertas de estudos ainda estão localizadas em todos os continentes e abrangem países da América do Sul, como Argentina e Chile; da Europa, como Alemanha e Itália; da África, como Angola e Nigéria, dentre outras opções.
Fique de olho nos editais!
Para vivenciar essa experiência estudantil e cultural, os estudantes da UFSM, de Frederico Westphalen, estão submetidos às mesmas regras de estágio e intercâmbio da sede, em Santa Maria. É preciso que o aluno verifique, semestralmente, os editais publicados no portal da universidade, por meio da Secretaria de Apoio Internacional (SAI), e atenda a outros requisitos, como estar no mínimo no quarto semestre ou ter cumprido 50% do curso, além de não poder estar matriculado no semestre de colação de grau.
Convênios entre instituições
Com o objetivo de desenvolver a troca de culturas e conhecimentos, o intercâmbio estudantil focaliza a qualificação de estudantes em outros centros educacionais no exterior. Para isso, a UFSM possui “Convênios Bilaterais” com instituições estrangeiras e, a partir desses convênios, os alunos podem cursar disciplinas e atividades acadêmicas em outros países. A universidade também dispõe, geralmente, do abono de despesas e taxas de viagem, como o desconto ou gratuidade na alimentação e moradia, dentro da instituição escolhida como destino. Os programas de intercâmbio concedidos por meio da Secretaria de Apoio Internacional (SAI), da UFSM, possuem duração de um semestre, sendo que podem ser prorrogados, dependendo da disponibilidade da instituição. As oportunidades são estendidas, ainda, a todos os cursos da instituição, independentemente da área.
Oportunidades de intercâmbio na URI
A Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) possui um vasto número de instituições de ensino superior conveniadas para a oferta de intercâmbios e vivências de internacionalização. Por meio dos intercâmbios, a URI busca oportunizar à comunidade acadêmica possibilidades de estudar e adquirir experiências, estabelecer redes e conhecer outras culturas.
Apoio ao aluno intercambista
Contando com mais de 50 convênios em vigor, a URI possui uma política institucional de internacionalização, que prevê algo muito além do intercâmbio de alunos e professores, mas a solidez de redes de pesquisa. Também visa o compartilhamento de eventos e presença de profissionais internacionais, que somam as dinâmicas diárias do currículo.
Outro diferencial da URI é o Núcleo de Internacionalização no campus, que orienta e acompanha todos os processos, que, atualmente, em virtude da pandemia, deram lugar ao conceito de internacionalização praticado em casa.
Depoimentos de quem já passou pela experiência intercambista
Guilherme Moura Farias, acadêmico de Engenharia Florestal na UFSM-FW (intercâmbio em San Miguel de Tucumán, na Argentina)
“Realizei meu intercâmbio acadêmico no ano de 2018, no Noroeste Argentino, em uma província chamada San Miguel de Tucumán, na Universidad Nacional de Tucumán. Foi uma vivência espetacular e, sem dúvidas, este período forneceu um aporte exponencial para meu crescimento, não somente no âmbito acadêmico e profissional, como também no âmbito pessoal. Além de conviver, diariamente, com pessoas de diversos países, continentes e culturas diferentes da minha, pude ter contato com outros idiomas e também participar de projetos de pesquisa e extensão que não teria acesso aqui na universidade, apesar da UFSM-FW fornecer uma estrutura excelente. Desde o período de inscrição no edital até minha ida, sempre tive o apoio, tanto dos meus professores, como da Secretaria de Apoio Internacional (SAI) para organização de documentos, assinaturas e ajustes de disciplinas”.
Eduardo Rieder, egresso do curso de Engenharia Florestal da UFSM-FW (intercâmbio em Santa Fé, na Argentina)
“A experiência do intercâmbio foi possível a partir de um edital divulgado pela SAI UFSM de processo seletivo da Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), que oferece a oportunidade de realização de mobilidade acadêmica internacional em diversas áreas do conhecimento. Assim que fiquei sabendo da oportunidade, me inscrevi e realizei várias etapas de entrega de documentações e informações solicitadas no edital. Minha escolha foi a Argentina, mais precisamente a Universidad Nacional del Litoral, em Santa Fé, localizada na região centro-oeste do país. Esta experiência que o intercâmbio cultural me proporcionou foi muito positiva. Tive contato com pessoas de várias nacionalidades, de toda a américa latina e demais países, tive muita troca de conhecimento nas disciplinas que lá cursei e, principalmente, pude estar em imersão com a cultura local, seus costumes e com a língua espanhola”.
Tailon Thiele, acadêmico do curso de Matemática da URI/FW (intercâmbio na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em Portugal)
“O período de mobilidade internacional foi feito por meio de convênios entre a Universidade do Porto e URI, e viabilizado por meio do Programa de Bolsas Ibero Americanas – Santander Universidades, sendo que a obtenção da bolsa foi pelo processo seletivo organizado pela reitoria da URI e que abrange todos os campi da universidade. De forma específica à formação nas disciplinas é possível salientar que a experiência contribuiu para a construção de um tratamento matemático diferente em relação à formação que tenho no Brasil. De modo mais amplo, pelo meu interesse na área da Educação enquanto professor em formação, busquei compreender os processos educacionais de Portugal, claro que de forma ainda superficial, mas que tem me influenciado cada vez mais quando penso na prática pedagógica aqui, e principalmente na educação brasileira. É preciso destacar que as concepções sobre educação, sobre ensino, e também sobre a própria profissão Professor são diferentes em muitos aspectos, e isso despertou muito o meu interesse. A cultura é diferente, inclusive dentro da sala de aula. Costumo dizer que não existe cultura melhor nem pior, existem culturas diferentes, e a cultura portuguesa, em todos os aspectos, mas principalmente a cultura educacional chamou a minha atenção. Portugal me acolheu muito bem, conheci uma cultura e pessoas que hoje fazem parte da minha história profissional e pessoal. É preciso agradecer a cada pessoas e a cada instituição que fez e faz parte dessa história”.