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Operação
Grupo familiar é investigado por sonegar R$ 20 milhões em impostos na região
Erval Seco foi um dos municípios alvo do trabalho desencadeado pela Polícia Civil e Receita Estadual
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: quarta, 11 de dezembro de 2024 às 10:01h
Atualizado em: quarta, 11 de dezembro de 2024 às 10:08h

A Polícia Civil desencadeou, nesta quarta-feira, 11, a Operação Resgate Fiscal, voltada a investigar um grupo familiar suspeito de sonegar R$ 20 milhões da Receita Estadual. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em seis cidades do noroeste gaúcho: Erval Seco, Tenente Portela, Ijuí, Chapada, Derrubadas e Santo Ângelo.

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Coordenada pelo delegado Augusto Zenon, titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção, com apoio do Departamento de Polícia do Interior, a operação envolveu mais de 60 policiais. A ação conta com o apoio da Receita Estadual.

Como começou a investigação
A investigação teve início após denúncia do Ministério Público (MP), baseada em apuração da Receita Estadual, que detectou um débito de R$ 20 milhões em sonegação de ICMS, apontando possível crime tributário. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar os fatos.

Segundo a Receita Estadual, quatro empresas familiares integravam um esquema fraudulento para evitar o pagamento correto de tributos. O esquema, posteriormente, teria sido ampliado com a inclusão de dois outros familiares e suas respectivas empresas, acumulando cerca de R$ 20 milhões em débitos tributários.

Modus operandi do esquema

De acordo com a polícia, o grupo dividia-se em microempresas registradas no Simples Nacional, aproveitando os benefícios fiscais oferecidos a essa categoria. A estratégia permitia o pagamento de valores de ICMS inferiores ao que seria exigido de um único empreendimento.

Durante as buscas, a polícia encontrou mais de R$ 15 mil em espécie, celulares, computadores, documentos e um galpão utilizado para estocagem e separação de produtos.
— Isso demonstra que se trata de um único empreendedor que fragmenta o negócio entre familiares para obter benefícios fiscais — explicou o delegado Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Deic.

Medidas adicionais

Além dos mandados de busca e apreensão, foi solicitada a alienação de 12 veículos pertencentes aos investigados, avaliados em mais de R$ 1 milhão. Os suspeitos podem responder por fraude fiscal, sonegação de tributos, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

Evidências coletadas apontaram para práticas como
•    Uso do mesmo e-mail para compras realizadas por todas as empresas;
•    Utilização de um único veículo para transporte de mercadorias;
•    Localização dos estabelecimentos em um mesmo prédio, com estoques desorganizados;
•    Uso do mesmo sistema de informática para gestão empresarial.
 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações da Polícia Civil