A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Polícia de Frederico Westphalen, concluiu a segunda fase da investigação referente ao homicídio ocorrido no dia 14 de agosto no município. Na ocasião, a vítima, uma mulher de 41 anos que prestava serviços comunitários na sede da Secretaria de Assistência Social, foi surpreendida e assassinada com diversos disparos de arma de fogo, sendo a maioria pelas costas, retirando qualquer chance de defesa.
O veículo utilizado pelos autores do crime foi incendiado após a execução, em uma tentativa de eliminação de provas. As investigações revelaram a participação de seis pessoas diretamente envolvidas na execução, logística e apoio ao crime, todas elas ligadas a uma organização criminosa que tem atuado de nesta cidade. Entre os envolvidos, estão o mandante, dois executores, responsáveis pelos disparos, e outros partícipes que deram suporte logístico e monitoraram a vítima antes do ataque.
Na primeira fase, foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em diferentes locais, resultando na prisão de quatro indivíduos suspeitos de envolvimento no crime, e na colheita de provas.
Segunda fase
Nesta segunda fase foram decretadas seis prisões preventivas. Quatro delas dizem respeito aos suspeitos que foram presos temporariamente na primeira etapa, e que agora permanecerão detidos preventivamente. As outras duas prisões referem-se ao suspeito de ser o mandante do crime, um ex-companheiro da vítima, identificado como um dos líderes de um grupo criminoso com atuação nesta cidade, bem como outro indivíduo suspeito de ter fornecido o veículo utilizado na empreitada criminosa. A decretação das prisões preventivas visa garantir a ordem pública e evitar novas ações criminosas por parte dos envolvidos.
Motivo
Conforme apurado durante as investigações, o crime foi motivado por questões pessoais e pelo histórico de relacionamento entre a vítima e o mandante, que não aceitava o envolvimento da ex-companheira com outro detento, iniciado durante o período em que ambos cumpriram pena no sistema prisional. A investigação também relatou que havia desentendimentos relacionados à venda de um imóvel pertencente à vítima. A mulher e o mandante possuem um filho em comum.
A Polícia Civil trabalha na conclusão do inquérito, que será encaminhado ao Poder Judiciário nos próximos dias. As provas colhidas ao longo da investigação são consideradas essenciais para o esclarecimento dos fatos.