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Golpe dos nudes
Associação criminosa é alvo de operação após suicídio em Esteio
Oito pessoas foram presas, sendo que o grupo também envolvia pessoas já recolhidas ao sistema prisional gaúcho
Por: Márcia Sarmento
Publicado em: quinta, 26 de setembro de 2024 às 11:33h
Atualizado em: quinta, 26 de setembro de 2024 às 11:37h

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Esteio, deflagrou na quarta-feira, 25, a Operação Desfecho. O objetivo da ofensiva foi combater uma associação criminosa oriunda de Candelária, dedicada à prática de extorsões, através da modalidade conhecida como golpe dos nudes, que fazia vítimas na região metropolitana de Porto Alegre. Até o momento, oito pessoas foram presas temporariamente.

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A ação contou com o apoio de agentes da Delegacia de Polícia de Candelária e da Polícia Penal de Santa Cruz do Sul. Ao todo, cerca de 25 policiais cumpriram as ordens judiciais em Venâncio Aires, Vale Verde e Candelária.

Suicídio

O esquema criminoso levou uma vítima a tirar a própria vida a partir de ameaças que partiam de dentro do sistema prisional. A investigação teve início com o registro de uma ocorrência policial de suicídio, em setembro de 2023. Na ocasião, a vítima deixou uma carta, informando não mais conseguir conviver com as supostas dívidas.

No dia seguinte, a filha da vítima registrou uma ocorrência policial informando que seu pai vinha sofrendo com extorsões. Ela localizou mensagens suspeitas no aparelho telefônico do pai. O conteúdo divulgado pela Polícia Civil diz: “a sua liberdade está nas suas mãos” e “se você não cooperar, tomaremos medidas drásticas”. Além disso, foram localizadas fotos de diversos comprovantes de transações bancárias que foram feitas em nome de duas mulheres, que integram o grupo criminoso.

Fonte de renda para criminosos

Ao longo da investigação, a polícia representou por diversos afastamentos de sigilos e, após análises bancárias de dados e vínculos, os agentes comprovaram que todos os indivíduos que se beneficiavam dos valores extorquidos eram apenados ou seus familiares, os quais faziam desta modalidade de golpe um meio de vida. Os investigados procuram um perfil de vítima bem delimitado e, em regra, são homens na faixa etária em torno de 50 anos e sem antecedentes policiais. 


 

Fonte: Jornal O Alto Uruguai