Da tarde para a noite desta quinta-feira, 19, uma frente fria começa a ingressar no Rio Grande do Sul e muda o tempo em praticamente todo o estado. O dia começou nublado no RS e o sol aparece em algumas localidades, mas no decorrer das horas, a nebulosidade aumenta e áreas de instabilidade devem trazer chuva isolada da tarde para a noite, junto com uma frente fria, que provoca chuva generalizada.
Segundo os centros de meteorologia, há risco de chuva forte e de temporais isolados. Antes da mudança do tempo, um ar mais quente ingressa com fumaça de queimadas e a tarde terá um pouco de calor em algumas cidades, como nos vales e na Grande Porto Alegre, que terão máximas na tarde perto dos 30ºC.
O governo gaúcho, Defesa Civil e centros de meteorologia já emitiram alertas de chuvas fortes, risco de alagamentos pontuais, descargas elétricas e eventual queda de granizo, em vigência até a manhã desta sexta-feira, 20. O maior momento de instabilidade, entretanto, vai se concentrar entre a noite desta quinta-feira, a madrugada e a manhã de sexta-feira. Será quando a frente fria vai avançar pelo Rio Grande do Sul com uma faixa de nuvens muito carregadas com raios, chuva que será localmente forte e essa probabilidade de temporais isolados.
Como será a primavera?
A primavera inicia oficialmente neste domingo, 22, às 9h44min, e segundo as projeções meteorológicas, há a possibilidade de frio tardio nos próximos três meses e de precipitações acima da média em alguns Estados, que deve ser intensificada com atuação do fenômeno La Niña. Para a maioria dos Estados brasileiros, a estação significa dias de calor e aumento gradual da frequência de eventos de chuva. Contudo, neste ano, o inverno foi mais ameno. Assim, há chances de ondas de frio mais intensas nos próximos três meses.
Para o meteorologista da equipe de previsão climática da Climatempo, Vinícius Lucyrio, com mais frentes frias passando pelo país, aumenta a chance de termos frio tardio na primavera, especialmente entre outubro e novembro. “Há possibilidade de frio intenso nas áreas mais altas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul durante alguns dias, bem como períodos amenos e frios nas áreas ao leste do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro”, explica.
O meteorologista lembra que aumentou a chance de ocorrência de La Niña, de acordo com a última projeção do International Research Institute for Climate and Society (IRI/CPC). “Agora, há 81% de chance de ocorrência do fenômeno no trimestre outubro-novembro-dezembro e 83% para o trimestre novembro-dezembro-janeiro”, destaca, frisando que o fenômeno deve trazer o retorno das pancadas de chuva frequentes e generalizadas para partes do Brasil a partir do início de outubro.
