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Saúde
Cirurgia vascular para prevenir AVC é realizada pela primeira vez no Brasil
Procedimento aconteceu no Hospital das Clínicas, em Porto Alegre
Por: Susi Cristo
Publicado em: quinta, 12 de setembro de 2024 às 10:41h
Atualizado em: quinta, 12 de setembro de 2024 às 10:49h

Uma cirurgia vascular na artéria carótida, nunca antes realizada no Brasil, foi feita no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no dia 8 de agosto. O objetivo do procedimento é atuar em placas de gordura e cálcio que são capazes de provocar um acidente vascular cerebral (AVC). De acordo com o médico do Serviço de Cirurgia Vascular Periférica do HCPA, Alexandre Araújo Pereira, a litotripsia intravascular na carótida já é feita na Europa e nos Estados Unidos.
Segundo divulgado pela CNN, a litotripsia intravascular consiste na introdução de um balão que emite ondas de choque ultra sônicas que quebram as placas calcificadas existentes no interior das artérias, o que evita que elas se fechem.
A técnica costuma ser utilizada no sistema circulatório do coração e eventualmente nas pernas. Desta vez, um cateter de apenas 2 milímetros foi introduzido na virilha e levado até o pescoço. Depois do uso do balão, um stent foi colocado para prevenir novos entupimentos das artérias. “É um procedimento mais efetivo para placas complexas e de difícil tratamento e que pode reduzir a chance de um AVC”, explica Pereira.
A paciente que recebeu o tratamento inédito no país, tem 75 anos e já passou por um AVC anteriormente. Ela recebeu apenas anestesia local e ficou acordada durante o procedimento. “Outra vantagem é que o pós-cirúrgico é mais rápido. Em 24 horas, já foi possível dar alta para a paciente”, afirmou o médico.
Apesar da novidade, o chefe do Serviço de Cirurgia Vascular Periférica do HCPA, professor Marco Aurélio Grudtner, explica que a litotripsia ainda é um procedimento restrito. “O uso pode beneficiar particularmente pacientes com placas extremamente calcificadas, nos quais o stent pode não se adaptar adequadamente ao vaso. […] Ainda são necessários mais estudos para definir os critérios de utilização”, afirma.
 

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Fonte: Jornal O Alto Uruguai, com informações da CNN